segunda-feira, 21 de novembro de 2011

DROGAS

Designação genérica de diversos compostos orgânicos que apresentam um grupamento hidroxila (HO) ligado diretamente a um átomo de carbono. O mais conhecido é o etanol.


A produção de álcool etílico por processos fermentativos é um procedimento milenar, utilizado por todos os povos conhecidos. Na verdade, uma corrente antropológica defende a teoria de que o cultivo da terra se desenvolveu visando tanto o aumento da produção de alimentos quanto a disponibilidade de bebidas alcoólicas.



Bebidas alcoólicas


O consumo de bebidas alcoólicas é fenômeno encontrado em praticamente todas as civilizações e todas as épocas. Ao entrarem em contato com a civilização asteca, os espanhóis descobriram que os índios bebiam um fermentado alcoólico denominado pulque. Da mesma forma, James Cook comprovou que os polinésios consumiam um destilado a que chamavam kava, extraído dos grãos da pimenta.


Processos e elaboração. A produção de bebidas alcoólicas baseia-se na transformação dos açúcares contidos em certos produtos, sobretudo frutas e cereais, em álcool etílico e dióxido de carbono, graças à ação de determinados microrganismos, na maioria leveduras. Esse processo é conhecido como fermentação alcoólica e, como todas as reações bioquímicas, realiza-se através da ação de certas enzimas que promovem a transformação das moléculas de açúcar em álcool.


Terminada a fermentação, costuma-se adicionar outras substâncias que impedem o crescimento de microrganismos patogênicos e conferem certas características à bebida. Assim, na fabricação de cerveja, utiliza-se a lupulina ou extrato em pó de lúpulo, planta da família das moráceas, que confere à bebida seu característico sabor amargo. Já na produção de vinho, são empregados, entre outros aditivos, o ácido málico e alguns taninos. Algumas bebidas são submetidas a processos posteriores de envelhecimento, nos quais a maioria das impurezas presentes se sedimentam, provocando uma maturação do líquido e a conseqüente melhoria de seu aroma e qualidade.


De acordo com o tipo de processo a que são submetidas para sua obtenção, as bebidas alcoólicas podem ser classificadas em fermentadas, como o vinho e a cerveja, ou destiladas, como o uísque. Essas últimas apresentam um maior teor de álcool e derivam de certos vinhos ou cereais fermentados. No processo de destilação, o líquido utilizado como matéria-prima é aquecido, o que promove a evaporação do álcool, e posteriormente condensado em uma serpentina. Esse processo é utilizado desde a antiguidade, quando se limitava à condensação, sobre a superfície fria de um recipiente, dos vapores emanados pelo líquido em ebulição. São bebidas destiladas o uísque, o rum, a tequila, o gim e a vodca.



Tipos de bebidas alcoólicas


É enorme a diversidade das bebidas alcoólicas, assim como das substâncias usadas em sua fabricação. Na Mongólia, os tártaros fermentavam leite de égua ou camela para obter o kumis, bebida com elevada porcentagem de álcool. Também as antigas civilizações ameríndias elaboravam uma bebida fermentada conhecida como chicha, consumida ainda hoje na Colômbia, no Equador, na Bolívia e no Peru.


A videira é cultivada desde épocas remotas na região do Mediterrâneo, sendo o vinho, elaborado a partir de seus frutos, a mais difundida das bebidas alcoólicas. Também a cerveja, consumida inicialmente pelos povos nórdicos da Europa, alcançou níveis elevados de consumo em praticamente todos os países. Ao longo dos séculos, bebidas similares foram produzidas pelos povos asiáticos, a partir da fermentação do arroz.


Vinho - Obtém-se o vinho através da fermentação alcoólica do sumo da uva, ou mosto. Seu teor de álcool oscila entre 8 e 17%. A qualidade depende de diversos fatores, entre eles a classe da uva, o tipo de solo, o clima e os processos de obtenção e envelhecimento. O estudo das características do vinho transformou-se em uma disciplina independente, a enologia.


Cerveja - A cerveja é produzida a partir de grãos de cevada ou outros cereais, em uma série de etapas nas quais são adicionadas ao líquido obtido na fermentação diversas substâncias que conferem à bebida o aroma, cor e sabor característicos.


Champanha - O vinho branco espumante ou champanha deve seu nome à região francesa de Champagne, de onde procede. Para se obter essa bebida, o mosto é submetido a uma dupla fermentação: a primeira em dornas como os demais vinhos, e a segunda em garrafas apropriadas. Mostos fermentados, procedentes de diferentes tipos de uva, são misturados em uma operação conhecida como cuvée, e, antes de engarrafada, a essa mistura adicionam-se açúcar e fermentos.


Cidra - A fermentação do sumo da maçã dá origem à cidra, produto cujo teor alcoólico oscila entre 2 e 8%. Uma vez obtida a polpa da fruta, é extraído o suco por decantação, ao qual se adicionam sais de cálcio, em uma etapa de clarificação. Conforme a fermentação seja completa (todo o açúcar é convertido em álcool) ou não, se obtém uma cidra seca ou doce.


Conhaque - No século XVIII teve início a fabricação, na região francesa de Cognac, de uma bebida procedente da destilação de vinho branco, que recebeu o nome do lugar de origem. A destilação dessa bebida é realizada em caldeiras de cobre por duas vezes consecutivas, alcançando um teor alcoólico de até quarenta por cento. A bebida é também conhecida como brandy.


Uísque - A destilação de diferentes grãos de cereais, como a cevada, o trigo, aveia ou centeio, previamente fermentados, dá lugar ao uísque, bebida que sofre uma etapa de envelhecimento em tonéis de carvalho, com um teor alcoólico de 40 a 55 por cento. O uísque escocês, obtido a partir da cevada e da aveia, sofre várias destilações, sendo mais seco e suave que o irlandês.


Gim - O gim ou genebra é obtido a partir de diversos cereais, como milho, cevada ou centeio. Tem um teor alcoólico de aproximadamente cinqüenta por cento e é aromatizado com bagas de zimbro.


Rum - O rum é produzido através da fermentação e destilação do caldo da cana-de-açúcar, ou a partir do melaço residual da extração do açúcar da cana. Contém aproximadamente 75% de álcool. O rum negro, escuro ou acaramelado, é preparado com o acréscimo de açúcar queimado.


Vodca - A vodca ou aguardente russa é obtida através da fermentação do centeio, milho ou cevada, apresentando um teor alcoólico de quarenta a sessenta por cento.


Outras bebidas - Além do açúcar e do álcool, os licores contêm diversas essências aromáticas, que lhes conferem um sabor e aroma característicos. Todos são submetidos a destilação, e alguns também a envelhecimento. Entre os mais apreciados estão o curaçao, que leva em sua composição raspas de laranja, e o chartreuse, com cerca de trinta por cento de álcool.


Além das matérias-primas já descritas para a produção de bebidas alcoólicas, cabe citar o absinto, planta que fornece um produto amargo, o qual, misturado com o vinho branco e outras substâncias aromáticas, é utilizado para fabricar o vermute. Também são empregados o arroz, para a produção do saquê, no Japão, do suk, pelos coreanos, e do samshu, na China; o centeio, que dá origem ao kvass russo; e o agave mexicano, do qual se extrai o fermento utilizado para a preparação da tequila.



Efeitos


Alcoolismo


Alcoolismo é uma intoxicação, aguda ou crônica, provocada pelo consumo abusivo de bebidas alcoólicas e constitui um problema médico quando altera ou põe em risco a saúde física ou mental do indivíduo.


No que diz respeito ao sistema nervoso, os sintomas que mais chamam a atenção são o tremor e a polineurite (sensibilidade à pressão dos troncos nervosos, dores nas extremidades e hipoalgesias). Com relação ao aparelho digestivo, além da falta de apetite, que constitui queixa constante, as complicações mais comuns são a gastrite com vômitos matinais e a cirrose hepática, que pode levar o indivíduo ao coma e à morte. No coração pode aparecer uma degeneração adiposa, que se cura com a abstinência, mas que ressurge com o abuso do álcool. Essa alteração responde pela insuficiência circulatória que se observa em certos alcoólatras, nos quais o pulso torna-se irregular e a área cardíaca aumenta.


Nos casos mais avançados de alcoolismo, é comum a diminuição da potência sexual. Os testículos se atrofiam e a excreção hormonal diminui. A atrofia testicular e a lesão hepática provocam, em geral, a queda dos pêlos axilares e pubianos. Nas mulheres estabelece-se, em alguns casos, amenorréia. Os efeitos do alcoolismo na saúde mental são ainda mais graves. O indivíduo vive num estado de tensão que o leva progressivamente a manifestações regressivas no sentido da falta de domínio emocional.


Dentre as funções intelectuais, a memória, a percepção e a crítica são as mais comprometidas. No princípio, as alterações ocorrem em virtude da tensão emocional e da atitude egocêntrica do alcoólatra. Depois surgem transtornos ditos psico-orgânicos, que levam a um déficit irreversível dessas funções. O alcoólatra equivoca-se facilmente nas leituras, confunde-se e não capta as imagens. Com o tempo, passa a haver decadência do caráter em função de diminuição da crítica.


Os transtornos psíquicos provenientes do alcoolismo, conforme sua intensidade e ocorrência, configuram quadros psiquiátricos. Um deles é a chamada embriaguez patológica, ou dipsomania, que constitui forma especial de intoxicação alcoólica aguda, na qual o indivíduo é levado a estados de excitação psicomotora, alucinações ou fabulações. Ocorre sobretudo em personalidades psicopáticas e doentias.


O alcoolismo crônico representa o quadro mais freqüente. O psiquismo se compromete progressivamente, no sentido de alteração da afetividade e das funções psíquicas superiores. Um fenômeno característico, que afeta o alcoólatra crônico após certo período de abstinência, é o delirium tremens. O quadro caracteriza-se por inquietude, desorientação, ansiedade, perturbações do equilíbrio e alucinações visuais, sobretudo zoopsias (visões de animais e insetos, geralmente repugnantes) tudo isso acompanhado por tremores, aumentos da temperatura e depleção hídrica. Se não tratado, o delirium tremens pode levar à morte.


As condições de vida impostas pela sociedade moderna têm provocado um aumento sensível do número de alcoólatras. Devido aos efeitos físicos e psíquicos do excesso de álcool, eles não conseguem levar uma vida normal, tanto no âmbito familiar quanto no profissional, comprometendo sua própria segurança e também a daqueles que os cercam.


Assim, os efeitos sociais do alcoolismo deram lugar, em inúmeros países, a programas de prevenção. Educação do público, principalmente o adolescente, por meio de campanhas esclarecedoras, e reeducação dos alcoólatras, por meio de técnicas socioterápicas e sociedades de "alcoólatras anônimos", são medidas importantes em qualquer campanha antialcoólica.



Designação genérica de diversos compostos orgânicos que apresentam um grupamento hidroxila (HO) ligado diretamente a um átomo de carbono. O mais conhecido é o etanol.


A produção de álcool etílico por processos fermentativos é um procedimento milenar, utilizado por todos os povos conhecidos. Na verdade, uma corrente antropológica defende a teoria de que o cultivo da terra se desenvolveu visando tanto o aumento da produção de alimentos quanto a disponibilidade de bebidas alcoólicas.



Bebidas alcoólicas


O consumo de bebidas alcoólicas é fenômeno encontrado em praticamente todas as civilizações e todas as épocas. Ao entrarem em contato com a civilização asteca, os espanhóis descobriram que os índios bebiam um fermentado alcoólico denominado pulque. Da mesma forma, James Cook comprovou que os polinésios consumiam um destilado a que chamavam kava, extraído dos grãos da pimenta.


Processos e elaboração. A produção de bebidas alcoólicas baseia-se na transformação dos açúcares contidos em certos produtos, sobretudo frutas e cereais, em álcool etílico e dióxido de carbono, graças à ação de determinados microrganismos, na maioria leveduras. Esse processo é conhecido como fermentação alcoólica e, como todas as reações bioquímicas, realiza-se através da ação de certas enzimas que promovem a transformação das moléculas de açúcar em álcool.


Terminada a fermentação, costuma-se adicionar outras substâncias que impedem o crescimento de microrganismos patogênicos e conferem certas características à bebida. Assim, na fabricação de cerveja, utiliza-se a lupulina ou extrato em pó de lúpulo, planta da família das moráceas, que confere à bebida seu característico sabor amargo. Já na produção de vinho, são empregados, entre outros aditivos, o ácido málico e alguns taninos. Algumas bebidas são submetidas a processos posteriores de envelhecimento, nos quais a maioria das impurezas presentes se sedimentam, provocando uma maturação do líquido e a conseqüente melhoria de seu aroma e qualidade.


De acordo com o tipo de processo a que são submetidas para sua obtenção, as bebidas alcoólicas podem ser classificadas em fermentadas, como o vinho e a cerveja, ou destiladas, como o uísque. Essas últimas apresentam um maior teor de álcool e derivam de certos vinhos ou cereais fermentados. No processo de destilação, o líquido utilizado como matéria-prima é aquecido, o que promove a evaporação do álcool, e posteriormente condensado em uma serpentina. Esse processo é utilizado desde a antiguidade, quando se limitava à condensação, sobre a superfície fria de um recipiente, dos vapores emanados pelo líquido em ebulição. São bebidas destiladas o uísque, o rum, a tequila, o gim e a vodca.



Tipos de bebidas alcoólicas


É enorme a diversidade das bebidas alcoólicas, assim como das substâncias usadas em sua fabricação. Na Mongólia, os tártaros fermentavam leite de égua ou camela para obter o kumis, bebida com elevada porcentagem de álcool. Também as antigas civilizações ameríndias elaboravam uma bebida fermentada conhecida como chicha, consumida ainda hoje na Colômbia, no Equador, na Bolívia e no Peru.


A videira é cultivada desde épocas remotas na região do Mediterrâneo, sendo o vinho, elaborado a partir de seus frutos, a mais difundida das bebidas alcoólicas. Também a cerveja, consumida inicialmente pelos povos nórdicos da Europa, alcançou níveis elevados de consumo em praticamente todos os países. Ao longo dos séculos, bebidas similares foram produzidas pelos povos asiáticos, a partir da fermentação do arroz.


Vinho - Obtém-se o vinho através da fermentação alcoólica do sumo da uva, ou mosto. Seu teor de álcool oscila entre 8 e 17%. A qualidade depende de diversos fatores, entre eles a classe da uva, o tipo de solo, o clima e os processos de obtenção e envelhecimento. O estudo das características do vinho transformou-se em uma disciplina independente, a enologia.


Cerveja - A cerveja é produzida a partir de grãos de cevada ou outros cereais, em uma série de etapas nas quais são adicionadas ao líquido obtido na fermentação diversas substâncias que conferem à bebida o aroma, cor e sabor característicos.


Champanha - O vinho branco espumante ou champanha deve seu nome à região francesa de Champagne, de onde procede. Para se obter essa bebida, o mosto é submetido a uma dupla fermentação: a primeira em dornas como os demais vinhos, e a segunda em garrafas apropriadas. Mostos fermentados, procedentes de diferentes tipos de uva, são misturados em uma operação conhecida como cuvée, e, antes de engarrafada, a essa mistura adicionam-se açúcar e fermentos.


Cidra - A fermentação do sumo da maçã dá origem à cidra, produto cujo teor alcoólico oscila entre 2 e 8%. Uma vez obtida a polpa da fruta, é extraído o suco por decantação, ao qual se adicionam sais de cálcio, em uma etapa de clarificação. Conforme a fermentação seja completa (todo o açúcar é convertido em álcool) ou não, se obtém uma cidra seca ou doce.


Conhaque - No século XVIII teve início a fabricação, na região francesa de Cognac, de uma bebida procedente da destilação de vinho branco, que recebeu o nome do lugar de origem. A destilação dessa bebida é realizada em caldeiras de cobre por duas vezes consecutivas, alcançando um teor alcoólico de até quarenta por cento. A bebida é também conhecida como brandy.


Uísque - A destilação de diferentes grãos de cereais, como a cevada, o trigo, aveia ou centeio, previamente fermentados, dá lugar ao uísque, bebida que sofre uma etapa de envelhecimento em tonéis de carvalho, com um teor alcoólico de 40 a 55 por cento. O uísque escocês, obtido a partir da cevada e da aveia, sofre várias destilações, sendo mais seco e suave que o irlandês.


Gim - O gim ou genebra é obtido a partir de diversos cereais, como milho, cevada ou centeio. Tem um teor alcoólico de aproximadamente cinqüenta por cento e é aromatizado com bagas de zimbro.


Rum - O rum é produzido através da fermentação e destilação do caldo da cana-de-açúcar, ou a partir do melaço residual da extração do açúcar da cana. Contém aproximadamente 75% de álcool. O rum negro, escuro ou acaramelado, é preparado com o acréscimo de açúcar queimado.


Vodca - A vodca ou aguardente russa é obtida através da fermentação do centeio, milho ou cevada, apresentando um teor alcoólico de quarenta a sessenta por cento.


Outras bebidas - Além do açúcar e do álcool, os licores contêm diversas essências aromáticas, que lhes conferem um sabor e aroma característicos. Todos são submetidos a destilação, e alguns também a envelhecimento. Entre os mais apreciados estão o curaçao, que leva em sua composição raspas de laranja, e o chartreuse, com cerca de trinta por cento de álcool.


Além das matérias-primas já descritas para a produção de bebidas alcoólicas, cabe citar o absinto, planta que fornece um produto amargo, o qual, misturado com o vinho branco e outras substâncias aromáticas, é utilizado para fabricar o vermute. Também são empregados o arroz, para a produção do saquê, no Japão, do suk, pelos coreanos, e do samshu, na China; o centeio, que dá origem ao kvass russo; e o agave mexicano, do qual se extrai o fermento utilizado para a preparação da tequila.



Efeitos


Alcoolismo


Alcoolismo é uma intoxicação, aguda ou crônica, provocada pelo consumo abusivo de bebidas alcoólicas e constitui um problema médico quando altera ou põe em risco a saúde física ou mental do indivíduo.


No que diz respeito ao sistema nervoso, os sintomas que mais chamam a atenção são o tremor e a polineurite (sensibilidade à pressão dos troncos nervosos, dores nas extremidades e hipoalgesias). Com relação ao aparelho digestivo, além da falta de apetite, que constitui queixa constante, as complicações mais comuns são a gastrite com vômitos matinais e a cirrose hepática, que pode levar o indivíduo ao coma e à morte. No coração pode aparecer uma degeneração adiposa, que se cura com a abstinência, mas que ressurge com o abuso do álcool. Essa alteração responde pela insuficiência circulatória que se observa em certos alcoólatras, nos quais o pulso torna-se irregular e a área cardíaca aumenta.


Nos casos mais avançados de alcoolismo, é comum a diminuição da potência sexual. Os testículos se atrofiam e a excreção hormonal diminui. A atrofia testicular e a lesão hepática provocam, em geral, a queda dos pêlos axilares e pubianos. Nas mulheres estabelece-se, em alguns casos, amenorréia. Os efeitos do alcoolismo na saúde mental são ainda mais graves. O indivíduo vive num estado de tensão que o leva progressivamente a manifestações regressivas no sentido da falta de domínio emocional.


Dentre as funções intelectuais, a memória, a percepção e a crítica são as mais comprometidas. No princípio, as alterações ocorrem em virtude da tensão emocional e da atitude egocêntrica do alcoólatra. Depois surgem transtornos ditos psico-orgânicos, que levam a um déficit irreversível dessas funções. O alcoólatra equivoca-se facilmente nas leituras, confunde-se e não capta as imagens. Com o tempo, passa a haver decadência do caráter em função de diminuição da crítica.


Os transtornos psíquicos provenientes do alcoolismo, conforme sua intensidade e ocorrência, configuram quadros psiquiátricos. Um deles é a chamada embriaguez patológica, ou dipsomania, que constitui forma especial de intoxicação alcoólica aguda, na qual o indivíduo é levado a estados de excitação psicomotora, alucinações ou fabulações. Ocorre sobretudo em personalidades psicopáticas e doentias.


O alcoolismo crônico representa o quadro mais freqüente. O psiquismo se compromete progressivamente, no sentido de alteração da afetividade e das funções psíquicas superiores. Um fenômeno característico, que afeta o alcoólatra crônico após certo período de abstinência, é o delirium tremens. O quadro caracteriza-se por inquietude, desorientação, ansiedade, perturbações do equilíbrio e alucinações visuais, sobretudo zoopsias (visões de animais e insetos, geralmente repugnantes) tudo isso acompanhado por tremores, aumentos da temperatura e depleção hídrica. Se não tratado, o delirium tremens pode levar à morte.


As condições de vida impostas pela sociedade moderna têm provocado um aumento sensível do número de alcoólatras. Devido aos efeitos físicos e psíquicos do excesso de álcool, eles não conseguem levar uma vida normal, tanto no âmbito familiar quanto no profissional, comprometendo sua própria segurança e também a daqueles que os cercam.


Assim, os efeitos sociais do alcoolismo deram lugar, em inúmeros países, a programas de prevenção. Educação do público, principalmente o adolescente, por meio de campanhas esclarecedoras, e reeducação dos alcoólatras, por meio de técnicas socioterápicas e sociedades de "alcoólatras anônimos", são medidas importantes em qualquer campanha antialcoólica.




Utilizado desde remotos tempos na América Central, em rituais religiosos indígenas, sendo originário desta mesma região. Este cacto mexicano (Lopophora Williansi), que não existe no Brasil, produz a substância alucinógena "MESCALINA". PEYOTE é seu nome popular, de origem asteca, que significa "planta divina".

Carlos Castanheda, em seu livro "A Erva do Diabo", fala de uma experiência com o mescalito: "Abriu a tampa e entregou-me o vidro: dentro havia sete artigos de aparência estranha. Eram de tamanhos e consistência variados. Ao tato, pareciam a polpa de nozes ou superfície de cortiça. Sua cor acastanhada os fazia parecer cascas de nozes duras e secas."

Era e ainda é empregado e venerado como amuleto, panaceia (remédio para todos os males) ou alucinógeno, nas regiões montanhosas do México, bem antes da chegada dos conquistadores espanhóis. Por certos índios, era utilizado como remédio ou para visões que permitissem profecias. Ingerido em grupo pode servir como indutor de estados de transe durante certas atividades rituais. Os astecas o mascavam durante festividades comunitário - religiosas.

O mescalito é considerado como protetor espiritual, pois acredita-se que ele aconselha e responde a todas as perguntas que você fizer


Efeitos

Dilatação das pupilas, suor excessivo, taquicardia, náuseas, vômitos, alucinações e delírios. Essas reações psíquicas são variáveis; as vezes são agradáveis (boa viagem) ou não (má viagem), onde podem ocorrer visões terrificantes, como sensações de deformação do próprio corpo. Não há desenvolvimento de tolerância; também não induz à dependência e não ocorre síndrome de abstinência com o cessar do uso.



Precursor do uso terapêutico da cocaína, Freud empregou a droga, em doses ínfimas, no tratamento de um morfinômano. O sucesso inicial da experiência viu-se comprometido pela gravidade do efeito colateral: livre da morfina, o paciente tornou-se dependente da cocaína.

Cocaína é um alcalóide de fórmula química C17H21NO4, extraído das folhas da coca (Erythroxylun coca), arbusto natural dos altiplanos andinos pertencente à família das eritroxiláceas. Suas folhas são ovaladas ou elípticas; as flores, pequenas e brancas e o fruto, vermelho e brilhante. Muitos povos ameríndios mascavam as folhas da coca para suportar a fome, a sede e o cansaço por longos períodos. O hábito ainda perdura entre as populações pobres de alguns dos países sul-americanos, principalmente a Bolívia.

Depois de refinada, a cocaína se apresenta na forma de pó branco e cristalino. Em contato com as mucosas, é absorvida e passa a exercer ação tóxica sobre o sistema nervoso central; por isso, é mais freqüentemente consumida por inalação. Com o correr do tempo, a prática pode levar o usuário à perfuração do septo nasal. A droga é também consumida por injeção intravenosa, isolada ou associada à morfina. O tráfico de cocaína tornou-se um dos negócios mais lucrativos do mundo, viga mestra do crime internacionalmente organizado. Até o final do século XX, a repressão exercida por governos de quase todas as nações e os altos preços da droga não foram eficazes para reduzir seu comércio e consumo.

Em cada quilo de pasta base de cocaína são gastos 30 litros de derivados benzênicos, 20 litros de solventes orgânicos, 1 quilo de substâncias oxidantes e mais 4 quilos de produtos diversos, sendo misturado ainda soda cáustica, solução de bateria de carro, água sanitária, cimento e hormônio para a engorda de gado.


Efeitos

Um dos principais efeitos da cocaína, como de outras substâncias tóxicas, é a euforia, estado de duração variável que combina sensações de poder, segurança e suficiência com eliminação do medo ou ansiedade. Como esses efeitos se dissipam em pouco tempo, apresenta-se a necessidade de usar novas doses.

De acordo com a freqüência do uso, a substância provoca quadros de toxicidade em diferentes graus. No quadro agudo, decorrente de múltiplas aspirações ou injeções em curto espaço de tempo, pode causar ao usuário disfunções importantes no sistema nervoso central e neurovegetativo, com sintomas como perda de apetite, taquicardia, elevação da pressão arterial, tremores, delírios, alucinações e convulsões. A morte pode ocorrer por colapso do aparelho respiratório.

O quadro crônico ocorre depois de semanas ou meses de uso moderado mas freqüente. Comporta uma atividade mental delirante, de tipo paranóide, com sintomas semelhantes aos da esquizofrenia. O usuário tem alucinações visuais e táteis nítidas e não raro descreve sensações como a de ser picado na pele, sofrer escoriações ou ter o corpo infestado de parasitas.

Uma característica que diferencia a cocaína de outras substâncias tóxicas de efeitos análogos é o fato de não suscitar tolerância do organismo. Após a primeira dose, as aplicações seguintes continuam a produzir o mesmo efeito, não sendo necessário o aumento de dosagem para que se produzam as mesmas sensações. Estudos feitos com usuários crônicos demonstram que, após interrupção das aplicações, eles podem retomar o uso da droga na quantidade e freqüência habituais sem entrar em quadro de intoxicação aguda.

É ainda discutível o fato de a cocaína causar dependência orgânica, quadro que se caracteriza por mudanças significativas das condições funcionais do organismo decorrentes da utilização prolongada de uma substância. A dependência exige continuidade no uso da droga e a suspensão desta acarreta a chamada síndrome de abstinência. Como ocorre com outras substâncias similares, a suspensão do uso da cocaína não provoca o quadro típico de abstinência, mas seus efeitos são mais ou menos equivalentes: o paciente que interrompe de súbito o uso da cocaína apresenta sonolência, fadiga e lassidão, além de aumento do apetite e distúrbios do sono. Tais sintomas desaparecem com a retomada do uso.


Uma variedade do mesmo entorpecente tornou-se popular entre consumidores de drogas nos últimos anos da década de 1980: o crack, é o nome dado para a cocaína que foi processada de maneira que possibilite o fumo imediato. Extraído da mesma planta, o pó é prensado e consumido por aspiração através de um cachimbo. Fumar crack, faz com que grandes quantidades de cocaína sejam despejadas no pulmão, produzindo efeito comparável ao uso injetável. Esses efeitos são sentidos imediatamente após o uso, e são muito intensos mas a "onda" dura pouco tempo. O crack também leva muito mais rapidamente à condição de dependência. O tráfico vende a pedra de crack em doses pequenas e baratas, assim o crack é comum nas camadas mais pobres da sociedade. Há indícios de que seu consumo, como o de outras drogas, estimule o usuário a práticas anti-sociais ou criminosas.

Efeitos

Pouco após a administração, o consumidor sente prazer, excitação e hiperatividade. O uso repetitivo pode levar a pessoa a experimentar sensações de cansaço e intensa depressão. Doses maiores podem provocar tremores, paranóia, alucinações e delírios e perda da libido. A pressão arterial sobe e o coração dispara, podendo até mesmo, em alguns casos, levar a uma parada cardíaca.



Substância estimulante com efeitos similares aos da anfetamina. Além de cápsula ou comprimido, encontra-se em alguns suplementos dietéticos, como o Ripped Fuel e o Xenadrine, e também na forma pura.

Age no sistema nervoso central e provoca uma descarga de adrenalina no indivíduo, o que resulta no aumento de batimentos cardíacos e elevação da pressão arterial.


Efeitos

Estimula o metabolismo e, como conseqüência disso, aumenta a queima de gorduras e mascara o cansaço, provocando sensação de euforia.

Pode provocar dependência comportamental (a pessoa apenas se sente animada se consumir a efedrina), hipertensão e até derrame e infarto.

Pode causar quadros de depressão, ansiedade e pânico e até surto psicótico (doença psiquiátrica em que a pessoa perde o contato com a realidade e muitas vezes é irreversível).



Derivada do ópio, a heroína é um narcótico barato, disponível, viciante e altamente prejudicial a saúde. Pura, a heroína é um pó de gosto picante. É geralmente encontrada em forma de pó, e sua coloração varia de branca até marrom escuro dependendo da quantidade de impurezas restantes do processo de manufaturação ou da soma de aditivos. Uma variedade de heroína originalmente mexicana chega a ser preta. Hoje a heroína atinge altos níveis de pureza, e é geralmente injetada, ou dependendo no grau de pureza ela pode ser fumada ou "cheirada".

Efeitos

Os efeitos da heroína são; euforia, lerdeza, depressão respiratória, pupilas contraídas e náusea. Os efeitos de sua overdose incluem respiração lenta e falhada, pele molhada, convulsão, coma e possivelmente morte. É difícil precisar quantos casos de morte por overdose de heroína ocorrem, pois depois de metabolizada pelo organismo ela se confunde com morfina.



Ketamina, ou hidrocloridrato de ketamina, é uma substância usada como anestésico geral em humanos e animais. Seu uso ilegal está apresentando crescimento pelo público jovem, sendo encontrada em algumas raves, danceterias e outros lugares freqüentados por jovens. É basicamente usado pelo mesmo público do Ecstasy e é produzida em laboratório cujo início se deu aproximadamente em 1965.

É uma substância lícita, mas controlada pelas entidades federais, e que tem poder alucinógeno. Seu uso é permitido apenas se ministrado por profissionais como médicos, médicos veterinários.

É produzida na forma líquida, sendo armazenada em ampolas, mas pode ser encontrada na forma de pó branco ou em pílulas. É mais comumente utilizada na forma líquida, por médicos veterinários e sendo assim, é a forma mais encontrada nas ruas haja vista que já foram citados vários desvios de estoques farmacêuticos e de clínicas. As demais formas de apresentação são produzidas a partir da forma líquida.


Efeitos

Produz efeito hipnótico, euforia, e efeitos desde a sensação de êxtase até paranóia e/ou estado de tédio. Produz alucinações e prejudica a percepção. Comumente, a ketamina produz um efeito de exteriorização, isto é, dá a sensação ao usuário de estar saindo do próprio corpo, é como se estivesse separando a mente do corpo ou ainda, permite sentir a sensação de estar perto da morte.

É molecularmente semelhante ao PCP e produz alguns efeitos parecidos. Pode produzir dormência, perda de coordenação motora, sensação de invulnerabilidade, rigidez muscular, agressividade, comportamento violento, fala arrastada, exagerada sensação de força e olhar fixo ao vazio. Seu uso pode acarretar em depressão respiratória mas não do Sistema Nervoso Central. Como se trata de um anestésico, impede o usuário de sentir dor fazendo com que o indivíduo cause danos físicos a si próprio. Dá a sensação de intensificar as cores e os sons. Os efeitos da ketamina são normalmente mais intensos na primeira hora mas podem durar até seis horas ou, de 24 a 48 horas podem ser necessárias para que o usuário se sinta completamente normal novamente.

Prejudica a memória de curto prazo, seu uso crônico pode fazer com que meses sejam necessários para que seja eliminada do corpo. Baixas dosagens podem produzir efeitos psicodélicos rapidamente. Doses altas podem produzir vômitos, convulsões, podem privar o cérebro e os músculos de oxigênio. Uma grama da substância pode causar a morte. Os chamados "fash-backs" podem ocorrer até um ano após sua utilização.

A ketamina não está mais sendo utilizada em seres humanos, principalmente em crianças por produzir sonhos altamente malignos (pesadelos fortes) o que acarretava, em alguns casos, traumas psicológicos.



Substância obtida pela hidrólise de alcalóides encontrados no centeio. Descoberta em 1938 pelo químico suíço Albert Hoffmann.

Muito conhecido e utilizado na década de 60, o LSD voltou a ser popular na década de 90. Entretanto, o ácido hoje é consumido oralmente em doses até cinco vezes menores que na década de 60; fato que explica o baixo número de incidentes graves envolvendo o seu uso.

Vendido em vários formatos ingestiveis, o LSD e vendido em formas de tabletes pequenos, cubos de açúcar, quadradinhos gelatinosos, e o mais comum; papel embebido com ácido, cheio de desenhos e mosáicos coloridos divididos em doses individuais. Como toda droga, o ácido é conhecido por muitos nomes diferentes.


Efeitos

As reações físicas do LSD incluem pupilas dilatadas, baixa temperatura corpórea, náusea, transpiração profusa, aumento de açúcar no sangue e aceleração dos batimentos cardíacos. Durante a primeira hora após a ingestão, o usuário experimenta alucinações com extrema mudanças no humor. O usuário também pode sofrer de ausência da noção de profundidade e tempo, com percepção distorcida dos tamanhos e formas dos objetos, movimentos, cores, sons, tato e da própria imagem. Sobre a influência do LSD, a perca da noção de realidade o faz suscetível a incidentes que comprometam sua integridade física e a de terceiros. O efeito de altas doses de LSD dura cerca de 10 à 12 horas. Após uma viagem de ácido, o usuário pode sofrer de ansiedade aguda ou depressão por um período variado. O usuário também pode ter flashbacks, que são recorrentes dos efeitos do LSD, dias ou até mesmo meses após a última dose. Também são conhecidos casos de pessoas que tiveram flashbacks anos após a sua última dose. O ácido começa a se tornar muito comum em raves que duram toda a noite.




É preparada a partir de sobras do refino de cocaína, misturada com querosene e gasolina.

É uma substância ilícita e estimulante se apresentando na forma de pasta (pastosa).


Efeitos

São semelhantes aos efeitos do crack e cocaína por derivar desta segunda porém são mais fortes, segundo usuários.



A morfina é a mais conhecida das várias substâncias existentes no pó de ópio. A palavra morfina vem do deus da mitologia grega Morfeu, deus dos sonhos. Foi isolada em 1806, sendo uma das mais potentes drogas analgésicas. Após a constatação das desastrosas conseqüências do seu largo emprego, a morfina foi relegada a um plano secundário em medicina. Os mecanismos de fiscalização sobre a sua produção e comercialização são severos. Só está disponível em soluções injetáveis e comprimidos e seu uso é restrito a algumas situações médicas onde se impõe o uso de um analgésico potente (como cânceres, queimaduras extensas, grandes traumatismos). O mercado clandestino é restrito, quase insignificante.

Efeitos


Os efeitos agudos (ou seja, quando ocorrem apenas algumas horas após o uso) da morfina são semelhantes aos do ópio, mas mais potentes. Tolerância e dependência também se instalam rapidamente. O dependente de morfina vive em um estado de torpor* e insensibilidade.

Injetada, provoca torpor e uma sensação de euforia. Sua overdose leva à morte por parada respiratória.

A síndrome de abstinência é muito grave, acompanhada de intensa angústia, tremores, diarréia, suores e câimbras. A hospitalização é sempre uma imposição nos tratamentos de desintoxicação. A droga nunca é retirada bruscamente, havendo necessidade de se estabelecer um programa de retirada progressiva da droga ou sua substituição por derivados sintéticos mais seguros.



Feniciclidina ou PCP. É produzida em laboratórios. É uma droga ilícita e alucinógena.

Apresenta-se na forma pura, o PCP é branco, um pó cristalino facilmente solúvel em água. Muitos PCP's podem conter substâncias que dão coloração desde um marrom claro a escuro e sua consistência pode variar de pó a uma pasta. Na maioria das vezes como pó ou líquido (o pó diluído). É normalmente aplicado a cigarros, de tabaco ou de maconha, para serem posteriormente fumados mas pode ser ainda inalado, ingerido ou injetado.

Esta droga é retida no organismo durante meses principalmente no tecido adiposo (gorduras).


Efeitos

Distorção da realidade, movimentos involuntários dos olhos, andar exagerado, perda de coordenação motora, insensibilidade, fala sem sentido e bloqueada, desinibição, aumento da pressão arterial, confusão mental e amnésia.

Pode causar psicose, extrema distorção de imagens, sensação de invulnerabilidade. Seus usuários podem se tornar violentos causando problemas a terceiros ou a si próprios. Extremas reações psicóticas são associadas ao uso contínuo da droga mas já foram constatadas mesmo após um único uso. Podem ocorrer ainda os "flash-backs", como do LSD, mesmo depois de muito tempo do último uso da droga. Ainda pode trazer estado de coma ou convulsões, depressão respiratória e instabilidade cardiovascular.




Feniciclidina ou PCP. É produzida em laboratórios. É uma droga ilícita e alucinógena.

Apresenta-se na forma pura, o PCP é branco, um pó cristalino facilmente solúvel em água. Muitos PCP's podem conter substâncias que dão coloração desde um marrom claro a escuro e sua consistência pode variar de pó a uma pasta. Na maioria das vezes como pó ou líquido (o pó diluído). É normalmente aplicado a cigarros, de tabaco ou de maconha, para serem posteriormente fumados mas pode ser ainda inalado, ingerido ou injetado.

Esta droga é retida no organismo durante meses principalmente no tecido adiposo (gorduras).


Efeitos

Distorção da realidade, movimentos involuntários dos olhos, andar exagerado, perda de coordenação motora, insensibilidade, fala sem sentido e bloqueada, desinibição, aumento da pressão arterial, confusão mental e amnésia.

Pode causar psicose, extrema distorção de imagens, sensação de invulnerabilidade. Seus usuários podem se tornar violentos causando problemas a terceiros ou a si próprios. Extremas reações psicóticas são associadas ao uso contínuo da droga mas já foram constatadas mesmo após um único uso. Podem ocorrer ainda os "flash-backs", como do LSD, mesmo depois de muito tempo do último uso da droga. Ainda pode trazer estado de coma ou convulsões, depressão respiratória e instabilidade cardiovascular.




São versões sintéticas do hormônio masculino chamado testosterona e são produzidos em laboratórios.

É na verdade uma droga lícita para uso médico pois este, se faz necessário em alguns casos para corrigir a deficiência de produção desse hormônio naturalmente pelo corpo sendo então prescrito, e seu uso orientado, apenas por médicos. O uso deliberado é considerado ilegal.

Apresenta-se em comprimidos ou em ampolas cujo líquido nelas contido é injetado intramuscularmente.


Efeitos

São comumente utilizados por pessoas na faixa etária entre 18 a 35 anos, pessoas essas que buscam aumento de massa muscular e uma possível resistência física e força. Pode ser apresentado um aumento de peso corporal assim como da pressão sanguínea, insônia, irritabilidade, agressividade, inchaço facial, acne, amarelamento da pele e dos olhos, calvície prematura, hiperatividade, alterações de humor incluindo grandes explosões nervosas, tremores pelo corpo, retenção de líquidos, redução do Colesterol "Bom" do organismo (o HDL).

Nos homens podem ocorrer a redução do tamanho dos testículos assim como do número dos espermatozóides e ainda a falta de fertilidade. Pode haver o desenvolvimento de seios (mamas), aumento da próstata e problemas urinários. Já nas mulheres, pode-se presenciar uma voz mais grossa, uma diminuição do tamanho dos seios e pode-se ainda presenciar um aumento da presença de pêlos por exemplo na face.




As origens do uso da Ayahuasca na bacia Amazônica remontam à Pré-história. Não é possível afirmar quando tal prática teve origem, no entanto, há evidências arqueológicas através de potes, desenhos que levam a crer que o uso de plantas alucinógenas ocorra desde 2.000 a.C.

É uma droga lícita, porém a legalização protege o uso da droga para fins religiosos. Produz efeitos alucinógenos devido à presença da Dimetiltriptamina na planta Banisteriopsis caapi.

É uma bebida, um chá, preparada por meio da mistura da Banisteriopsis caapi (também denominada Ayahuasca) e da Psichotria viridis ou de plantas similares.

É conhecida também em diferentes culturas por: yajé, caapi, natema, pindé, kahi, mihi, dápa, bejuco de oro, vine of gold, vine of the spirits, vine of the soul, hoasca, chá do Santo Daime ou vegetal.


Efeitos

Alterações no processo de pensamento, concentração, atenção, memória e julgamento. Alteração na percepção da passagem do tempo, medo de perda do controle e do contato com a realidade, alterações na expressão emocional variando do êxtase ao desespero, mudanças da percepção corporal, alterações perceptuais atingindo vários sentidos, onde alucinações e sinestesias são mais comuns, mudanças no significado de experiências anteriores, sensação de inefabilidade, sentimentos de rejuvenescimento, hiper sugestionabilidade, sensação da alma estar se desprendendo do próprio corpo, sensação de contato com locais e seres sobrenaturais.

Náuseas, diarréia, vômitos, aumentos da pressão arterial, dos batimentos cardíacos e incoordenação motora. Após o uso de grandes quantidades há relatos de que os usuários tornam-se frenéticos e agitados por alguns minutos. Podem aparecer também prostração e sonolência. Há ainda referências à audição de zumbidos, formigamento das extremidades sudorese e tremores. Pode apresentar ainda a síndrome serotoninérgica, quadro que pode ser fatal.




A forma pura da cafeína foi extraída das plantas em 1820, mas, atualmente, pode ser produzida em laboratório. Em nosso dia-a-dia a encontramos em pequenas quantidades por meio do café, do chá preto, chá mate, guaraná, coca-cola ou da noz de cola. (CAFÉ: Infusão feita das sementes do cafeeiro, o café é a bebida que contém cafeína mais consumida no mundo).

O cafeeiro é originário da Etiópia, tendo chegado à Arábia no século XIII e à Turquia no século XVI. Mas é somente com sua chegada à Itália, no princípio do século XVII, que se dá sua grande expansão, pois começaram a surgir, desde então, casas de café por toda Europa, servindo de local de encontro e discussões sérias. Na segunda metade do século XVII, o café chegou à América.

Antes de ser consumido da maneira que conhecemos, o café, há cerca de 700 anos, foi uma comida, depois vinho e também remédio. No século XVII, em vários condados da Alemanha e na Rússia Czarista, consumidores de café foram condenados à morte.

Tendo se popularizado com sua chegada à Europa, foram os Estados Unidos, após sua independência, que se tornaram o principal consumidor mundial, respondendo hoje pelo consumo de cerca de 1/3 (um terço) do café cultivado no mundo. O Brasil entra, por sua vez, na estatística do café com o primeiro lugar entre os produtores, vindo acompanhado da Colômbia, detentora do segundo.

Atualmente é também cultivado em Java, Sumatra, Índia, Arábia, África Equatorial, Hawai, México, Antilhas, América Central e outros países da América do Sul.

CHÁ OU CHÁ PRETO
A primeira referência ao chá, na literatura chinesa, data de 350 d.C.. De origem chinesa, a lenda remete sua descoberta ao imperador Chen Nung, no ano 2737 a.C.. Tendo se difundido no Japão e outros países orientais, chegou à Europa por volta de 1600, através de mercadores vindos do Oriente.

No século XVII, o chá consolidou-se como a bebida nacional da Grã-Bretanha. Na segunda metade desse mesmo século, chegou às colônias americanas. Em 1767, o governo britânico passou a cobrar uma taxa pelo chá ali consumido. Esta taxa foi um dos temas explorados pela resistência anticolonialista na guerra de independência dos Estados Unidos.

Atualmente, o principal consumidor mundial é a Grã-Bretanha, vindo logo em seguida os Estados Unidos. Na produção, o primeiro lugar é da Índia, com a China em segundo. O chá também é produzido no Japão, Sri Lanka, ex- União Soviética, Indonésia, Turquia, Bangladesh, Irã, Taiwan, vários países da África e América do Sul, inclusive Brasil.

ERVA MATE
Nativa da América do Sul, contém relativamente, uma grande quantidade de cafeína. É consumida principalmente como chá ou chá mate, ou chimarrão, bebida popular dos pampas, ou tererê, este aqui popular no Paraguai.

A cultura da erva mate é uma grande indústria no sul do Brasil, o Uruguai e Argentina, sendo deles exportadas em grande quantidade para toda a América do Sul.

GUARANÁ
O fruto do guaranazeiro, arbusto trepador originário do estado do Amazonas, seu cultivo foi iniciado pelos índios Maues. Esses objetivavam, com o seu consumo, realizar trabalhos físicos mais cansativos. O consumo era feito através de dissolução do pó do guaraná em água.

O homem branco teve o primeiro contato com o guaraná por volta do século XVI. É comum encontramos hoje refrigerantes com nome guaraná, mas esses são normalmente feitos com sabor artificial. A outra forma comum de consumo, que se assemelha à dos índios Maues, vincula o guaraná à idéia de um produto natural, sendo um produto, nesse caso, pouco popular.


Efeitos

A cafeína é uma droga estimulante consumida por via oral, que em pequenas quantidades aumenta a circulação por provocar dilatação nos vasos sangüíneos. Não é tóxica mas pode, em dose excessiva, produzir excitação, insônia, dores de cabeça, taquicardia*, problemas digestivos e nervosismo.

Alguns a usam para resolver problemas cardíacos, auxiliar pessoas com depressão nervosa decorrente do uso do álcool, ópio e outras drogas. Porém alguns estudiosos não observam nenhum uso terapêutico na cafeína, alertando para o perigo da dependência psíquica e da síndrome de abstinência.





A codeína, ou metilmorfina, é um alcalóide natural (opiáceo natural) que compõe o ópio. O Ziprepol é uma substância sintética (opióide), isto é, fabricada em laboratório. Indicadas para tosses irritativas e sem expectoração (tosse seca), são chamadas de substâncias antitussígenas, estando presentes em xaropes e gotas para tosse como, por exemplo: Belacodid, Gotas Binelli, Tussaveto, etc. Os métodos usuais de administração são: oral ou endovenoso. A duração do efeito é de 3 a 6 horas.

A codeína é um narcótico de origem natural mais amplamente empregado na clínica médica. Mesmo sendo menos potente que outros opiáceos, seu uso continuado induz a certa tolerância.

O Ziprepol, devido a sua grande toxicidade, foi recentemente banido do Brasil (ou seja, está proibido fabricar ou vender remédios à base desta substância no território nacional). No ano de 1991, foram retirados do comércio remédios com Ziprepol como, por exemplo: Eritos, Nantux, Silentos e Tussaveto. Isto ocorreu pelo fato de que houve várias mortes de jovens que abusavam destas substâncias, principalmente crianças de rua.

Os xaropes e gotas à base de codeína só podem ser vendidos nas farmácias brasileiras com a apresentação da receita do médico, que fica retida para posterior controle. Isto nem sempre acontece, pois há estabelecimentos que, para ganhar mais dinheiro, vendem estas substâncias por "baixo do pano".


Efeitos

A Codeína possui os vários efeitos das drogas do tipo opiáceo. Assim, é capaz de dilatar a pupila ("menina dos olhos"), de dar uma sensação de má digestão e produzir prisão de ventre.

O cérebro humano possui uma certa área - chamada centro da tosse - que comanda os nossos acessos de tosse. A Codeína e o Ziprepol são drogas capazes de inibir e bloquear esse centro da tosse. Assim, mesmo que haja um estímulo para retirá-lo, o centro estando bloqueado pela droga não reage. A codeína e o Ziprepol também agem em mais regiões do cérebro, inibindo outros centros que comandam as funções de nossos órgãos.

Com a Codeína, a pessoa sente menos dor (é analgésico) e pode ficar sonolenta. A pressão do sangue, o número de batimentos do coração e a respiração podem ficar diminuídas.

O Ziprepol pode atuar no cérebro, fazendo a pessoa sentir-se aérea, flutuando, sonolenta, vendo ou sentindo coisas diferentes. Com freqüência, leva também a acessos de convulsão, o que é bastante perigoso, e também pode causar náuseas.

A Codeína, quando tomada em doses maiores do que a terapêutica, produz uma acentuada depressão das funções cerebrais. Como conseqüência, a pessoa fica apática, a pressão do sangue cai muito, o coração funciona com grande lentidão e a respiração torna-se muito fraca. A pele fica fria, pois a temperatura do corpo diminui, e meio azulada, por respiração insuficiente. A pessoa pode ficar em estado de coma, inconsciente, e, se não for tratada, pode morrer.

A Codeína leva rapidamente o organismo a um estado de tolerância. Assim, não é incomum saber-se de casos de pessoas que tomam vários vidros de xaropes ou de gotas para continuar sentindo os mesmos efeitos. E, se deixam de tomar a droga, já estando dependentes, aparecem os sintomas da chamada síndrome de abstinência . Calafrios, câimbras, cólicas, nariz escorrendo, lacrimejamento, inquietação, irritabilidade e insônia são os sintomas mais comuns da abstinência.

Com o Ziprepol há, também, o fenômeno da tolerância, embora em intensidade menor. O pior aspecto do uso crônico (repetido) dos produtos à base de Ziprepol é a possibilidade da ocorrência de convulsões.




É encontrada em folhas de plantas originárias da América do Sul, mas facilmente sintetizada, principalmente nos Estados Unidos.

É uma droga alucinógena e ilícita.

Inicialmente podia ser encontrada na forma de um rapé, isto é, as folhas das plantas que continham a substância mas hoje, já pode ser encontrada na forma de pó ou ainda cristais.


Efeitos

Quando fumada, a DMT atinge o ápice dos seus efeitos em 10 a 60 segundos após a inalação e pode durar aproximadamente de 5 a 20 minutos. Para algumas pessoas, pode surgir um período adicional de duração dos efeitos, de 1 a 2 horas, até que as mesmas voltem ao estado normal. Provoca efeitos tanto visuais como mentais, quando fumada, injetada, aspirada ou ingerida oralmente depois de ser diluída. As alucinações produzidas pela DMT são fortes o bastante para haverem relatos sobre experiências de pessoas que pensaram estar, por exemplo, visitando outros mundos, fazendo contato com entidades extraterrestres enfim, são alterações fortes da percepção seguidas de uma brusca ou repentina volta à realidade quando cessam os efeitos.

Pode causar irritações na garganta e nos pulmões, ansiedade, dificuldade de concentração em tarefas do dia-a-dia, distúrbios do sono. Assim como ocorre com muitas outras substâncias, pessoas poderão fazer uso da DMT mais frequentemente do que seria confortável a elas. O período de tolerância é curto, isto é, fazendo um segundo uso da droga apenas algumas horas depois da primeira dose, já se percebe uma diminuição dos efeitos, o que pode provocar o usuário a fazer uso de doses cada vez maiores. Sensações de pânico podem estar associadas à DMT.




Gamahidroxibutirato, um sedativo-Hipnótico depressor do sistema nervoso central. É encontrado na forma de líquido translúcido, pó branco, tabletes ou cápsulas. Apesar de ter sabor salgado, é freqüentemente diluído em bebidas e torna-se imperceptível. Geralmente é fabricado de modo caseiro, com base em receitas e kits comprados via internet.

Efeitos


Combinado com álcool pode provocar náuseas e dificuldade de respirar. Entre os efeitos colaterais foram relatados insônias, ansiedade, tremores e transpiração excessiva. Doses maiores provocam coma temporário, espasmos musculares e perda de consciência. O uso regular acarreta dependência física.




Metanfetamina extremamente pura. Parece pequenos cristais, semelhante a gelo quebrado. Em geral é fumado, mas também pode ser aspirado ou injetado. (ver mais em Metanfetamina).

Efeitos

Semelhantes ao da cocaína, mas com duração maior. Entre os efeitos descritos encontram-se mudanças violentas de comportamento, perda de apetite, distúrbios no sono, variações súbitas de humor, tremores, convulsões, aumento da pressão sanguínea, alterações no ritmo do batimento cardíaco. Há casos registrados de coma, derrame e morte súbita.




O lança-perfume é uma droga inalante a base de clorofórmio e éter, droga símbolo do carnaval. Atualmente a maioria dos tubos vem por contrabando da Argentina, da marca Universitários que tem alguns tipos diferentes, que são diferenciados pela cor da válvula, o mais popular é o da válvula verde.

A caixa vem com 12 e os preços variam muito. O lança-perfume já foi liberado, era uma droga muito popular, mas atualmente é proibido. Se você for pego com um tubo já é considerado tráfico (essa lei foi feita há poucos anos, antes só era considerado tráfico se você estivesse com mais de 3 tubos). Muitas pessoas usam também o Cheirinho da Lóló, que é um lança-perfume caseiro.

Antes o lança-perfume era espirrado no ar, atualmente as pessoas cheiram colocando na boca um pano e chupando ou colocando o tubo direto na boca. O lança-perfume é muito perigoso, causa desmaios, e até a morte, ele acelera as batidas do coração, e queima muitos neurônios que normalmente se recompõe em 3 meses, mas para ele se recompor usa recursos que seriam usados em nosso corpo com outras funções.

Ele causa confusão do tato, um chiado, sensação de que você está voando, o efeito é rápido, ele não deixa cheiro como muitas pessoas dizem. Não pode ser consumido de jeito nenhum por pessoas que tenham problemas no coração.




Mencionada num livro de botânica chinês do ano 2700 a.C., a maconha foi utilizada durante muito tempo como anestésico ou analgésico. Modernamente tornou-se uma das drogas de uso mais generalizado, em virtude do baixo preço e da relativa facilidade de obtenção.

Maconha é o nome vulgar do cânhamo (Cannabis sativa) quando usado para dele se extrair a droga de mesmo nome, preparada por secagem e trituração de suas folhas e flores. Consome-se geralmente por aspiração da fumaça proveniente da combustão da erva em cachimbos ou cigarros, mas também pode ser mascada ou adicionada a alimentos e bebidas. Todas as partes da planta, seja ela feminina ou masculina, contêm o princípio ativo, o tetraidrocanabinol (THC). Da resina das flores da planta feminina, onde há maior concentração de THC, se extrai o haxixe, droga mais potente. A planta cresce em qualquer parte do mundo, exceto nos lugares muito frios.

Há mais de dois mil anos os chineses usavam a maconha como anestésico em cirurgias, prática repetida no Renascimento por alguns cirurgiões europeus. Empregada como alucinógeno pelos muçulmanos, seu uso aos poucos estendeu-se ao Ocidente, onde acentuou-se a partir de meados do século XX. O uso generalizado da maconha e do haxixe em todo o mundo levantou muitas questões médicas e sociais, cuja pesquisa teve impulso na década de 1960, quando se conseguiu isolar e produzir sinteticamente o THC. Até a década de 1990, embora fossem poucos os dados que levassem a conclusões definitivas, resultados confiáveis sugeriam que os efeitos da maconha sobre o organismo eram menos perniciosos que os do álcool. Pesquisas médicas revelaram efeitos terapêuticos da maconha e do THC, úteis na redução da pressão interna dos olhos em pacientes com glaucoma e no alívio da náusea decorrente das drogas quimioterápicas usadas no tratamento do câncer.

O comércio internacional de maconha e haxixe foi primeiramente normatizado em 1925, numa convenção internacional. No fim da década de 1960, a maioria dos países reforçou o controle do tráfico e do uso e impôs punições por posse, venda e fornecimento ilegal dessas drogas. A partir da década de 1970, porém, alguns países reduziram as penas pela posse de pequenas quantidades.

Do ponto de vista dos que defendem a legalização da maconha, a droga é um alucinógeno leve, em nada semelhante aos narcóticos. Afirmam haver suficientes evidências de que seu uso não induz ao consumo de drogas mais potentes, como a heroína, e que não está associado à criminalidade. Como meio para reduzir a tensão e adquirir sensação de bem-estar, acreditam que a maconha é provavelmente mais benéfica e bem menos perigosa que o álcool. Usuários entendem que as medidas exageradas contra o uso da maconha são uma ameaça maior à sociedade do que uma abordagem mais racional e realística do uso de drogas.


Efeitos

Os efeitos da maconha variam conforme a experiência do usuário, a quantidade e o ambiente em que é consumida, além da potência da droga. Quando fumada, os efeitos fisiológicos se manifestam em minutos e incluem tontura, distúrbios de coordenação e de movimento, sensação de peso nos braços e pernas, secura na boca e na garganta, vermelhidão e irritação nos olhos, aumento da freqüência cardíaca, sensação de apetite voraz, entre outros. A maconha não leva à dependência física e a suspensão de seu uso não provoca sintomas. Em certos tipos de usuários, porém, pode causar dependência psicológica.

Muito variáveis, os efeitos psicológicos tendem a predominar. O usuário pode experimentar leve euforia, bem como alterações da percepção com distorções de espaço, tempo, distância e do senso de organização do próprio corpo. Os processos mentais também podem ficar desorganizados, com distúrbios de memória e freqüentes desvios de atenção que afetam o fluxo ordenado de idéias. Pelo lado positivo, pode ocorrer fortalecimento do sentido do valor próprio e da sociabilidade.





É uma substância natural extraída do peiote, chamada também de mescal. Trata-se igualmente de um pequeno cacto nativo no norte do México e no sudoeste dos Estados Unidos.

A mescalina é vendida nas seguintes formas:

* Em pó
* Em líquido
* Em pequenos comprimidos brancos
* Em cápsulas gelatinosas

A droga é utilizada em psiquiatria para provocar catalepsia e distúrbios mentais artificiais com fins experimentais e terapêuticos. O alucinógeno pode ser injetado, aspirado ou ingerido. O uso indevido é feito por via oral. O gosto é amargo e o experimentador toma a droga com uma bebida qualquer, numa dosagem de 200 a 500mg.

Efeitos

Agindo sobre o cérebro, a dose de 200 a 500mg de mescalina pode produzir alucinações auditivas e visuais oníricas, com transformações dos sons em cores, e outros efeitos psicodélicos iguais aos provocados pela psilocobona ou pelo LSD, durando a "viagem" de 5 a 12 horas.




Uma das conseqüências da descoberta da América, para os europeus, foi o conhecimento do fumo, originário desse continente e cujo uso, comum entre os aborígines, estendeu-se por todo o mundo, apesar de seus efeitos nocivos à saúde.

Fumo, ou tabaco, é uma planta herbácea anual da família das solanáceas -- a que também pertencem o tomate, a batata, a berinjela e o pimentão e do gênero Nicotiana (designação dada por Lineu em homenagem a Jean Nicot, embaixador da França em Lisboa, e a quem se atribui a introdução do fumo na Europa). As folhas de fumo, preparadas de várias maneiras, são fumadas, cheiradas ou mascadas. A palavra tabaco vem do árabe tabaq ou tubaq, designativo de plantas que tonteavam e adormeciam, e foi usada pelos europeus para identificar as folhas (e, por extensão, a planta) que embriagavam os antilhanos, quando fumadas.

O gênero abrange cerca de sessenta espécies, mas as que se cultivam com fins industriais são a N. tabacum, a mais importante, e N. rustica. Os indígenas americanos plantavam, além dessas, N. bigelovii, N. attenuata e N. trigonophylla. A espécie N. tabacum apresenta sistema radicular pivotante, com abundantes raízes secundárias. O caule, de um a três metros de altura, é herbáceo ou semilenhoso. As flores são róseas e as sementes, marrons, são minúsculas: a cápsula que as encerra contém de 2.500 a 3.000 unidades.

As folhas, grandes, elípticas, acuminadas e sésseis, têm o limbo recoberto de pêlos e de uma substância gomosa característica. Medem entre quarenta e setenta centímetros mas podem, de acordo com a variedade e com a fertilidade do solo, chegar a um metro de comprimento. A N. tabacum tem numerosos tipos e variedades, que se ampliam continuamente mediante a criação de linhagens híbridas, originadas das formas ancestrais: havanensis, brasiliensis, virgínica e purpúrea. No Brasil, as variedades mais conhecidas são, para cigarros, coker, maria, sês, rippel, herval baixo e dixie bright; para charutos, brasil-bahia, virgínia, sumatra e havana; e para fumo em corda, goiano, jordão e jorginho.

Tipos de fumo. Segundo seu emprego, o fumo classifica-se em três categorias: tabaco de mascar, de aspirar (rapé) e de fumar. Os dois primeiros, amplamente empregados no passado, hoje são de uso restrito. Quase todo o tabaco atualmente cultivado destina-se à produção de cigarros, charutos, fumo para cachimbo e fumo de corda, também chamado fumo de rolo, consumido sobretudo em zonas rurais. A obtenção de cada um desses tipos resulta de condições específicas de cultivo e beneficiamento.

Diversas qualidades de fumo entram na composição dos cigarros, conforme o produto desejado. De uma mistura padrão participam vários subtipos, cada um com características peculiares de aroma, sabor, combustibilidade etc. Nos cigarros leves e claros, por exemplo, o gosto definitivo é dado pela adição de adoçantes como cacau, mel e outros.

Das variedades destinadas ao charuto, exigem-se aroma, coloração e textura que só se obtêm em condições muito especiais. É por isso que certos fumos, como os de Cuba, da Bahia ou de Sumatra são famosos em todo o mundo. Os métodos de cultivo e de cura são específicos para a produção de um bom fumo de charuto e o tratamento final de fermentação das folhas curadas dá o toque final para que o tabaco assim obtido tenha exclusivamente essa finalidade. As misturas empregadas para o fumo de cachimbo recebem tratamento que lhes confere maciez e são aromatizadas com baunilha, cumaru, chocolate, extratos de frutas e outros compostos perfumados.

Entre os subprodutos do fumo destacam-se os resíduos, a nicotina, o óleo da semente e os aromatizantes. Todos os resíduos, inclusive as hastes, podem ser transformados em valioso adubo orgânico. A nicotina, alcalóide extraído por processos químicos, é usada sob a forma de sulfato de nicotina como inseticida agrícola. Pode ser obtida a partir de folhas imprestáveis, resíduos ou fumos cultivados especialmente para tal fim. Pela oxidação da nicotina e tratamentos subseqüentes produz-se o ácido nicotínico, também chamado niacina ou fator P-P, droga usada no tratamento da pelagra e em certos casos substituída, com a mesma finalidade, pela nicotinamida ou vitamina B3.


Efeitos

Tabagismo. Dá-se o nome de tabagismo ao consumo do fumo e à intoxicação, aguda ou crônica, decorrente desse hábito. O efeito nocivo do tabaco ocorre sobretudo nos aparelhos respiratório, circulatório e digestivo, assim como no sistema nervoso. Na mucosa brônquica, a fumaça do cigarro provoca lesões do epitélio cilíndrico ciliado, das células secretoras de muco, alterações da dinâmica etc.

O tabaco pode causar bronquite crônica, enfisema pulmonar e, embora não existam ainda provas cabais, o câncer, sobretudo de pulmão. Entre os que fumam cachimbo ou mascam fumo picado, também parece haver maior incidência de câncer dos lábios, da boca e da faringe. Em vários países, sobretudo a partir da década de l980, desencadearam-se campanhas destinadas a reduzir o aparecimento de novos fumantes na população jovem. Na Itália, proíbe-se toda e qualquer publicidade do fumo; no Reino Unido, interditou-se a propaganda na televisão. Nos Estados Unidos e, a partir de 1989, no Brasil, são obrigatórias advertências nos maços de cigarros, em anúncios e em pontos de venda.




É uma espécie de maconha porém mais forte. É produzida através de seleção genética da maconha comum onde são separadas plantas com concentrações maiores de THC. Ela é Ilícita e alucinógena.

Apresenta-se da mesma forma da maconha, como fumo, folhas picadas.


Efeitos

São os mesmos da maconha porém intensificados devida à maior concentração de THC.




As sulfas são um grupo específico de substâncias produzidas sinteticamente e eficazes no tratamento de grande número de doenças causadas por microorganismos. Freqüentemente são usadas junto com antibióticos ou em seu lugar.

As sulfas são eficazes contra às infecções. Constituem uma grande arma no tratamento de certas infecções. especialmente do aparelho urinário. Nesses casos, às vezes são mais eficazes que os antibióticos.

Não é aconselhável tomar sulfa por conta própria. São drogas poderosas e só devem ser tomadas sob orientação médica.

Deve-se tomar muito liquido quando se está fazendo um tratamento com sulfas porque assim se evita a deposição de cristais de sulfas nos rins e nas vias urinárias. Contudo, as modificações de estrutura química das sulfas obtidas recentemente diminuíram bastante este e outros riscos freqüentes nas sulfas anteriores.

As sulfas raramente podem ter efeito nocivo sobre as estruturas responsáveis pela formação do sangue (células de medula óssea). No entanto, quando as sulfas são administradas por longos períodos convém realizar periodicamente exames de sangue e de urina.

Em geral os antibióticos são mais ativos que as sulfas no combate às infecções, exceto em algumas infecções do aparelho urinário ou digestivo. Os antibióticos não são mais bem tolerados e seguros que as sulfas.




O consumo maciço dos diferentes compostos de anfetamina durante as décadas de 1960 e 1970, motivado pelo efeito psico-estimulante desse princípio, levou a maioria dos organismos de saúde pública a baixar normas que procuram reduzir seu emprego.

Utilizada principalmente como estimulante e nos regimes de emagrecimento, a anfetamina é o protótipo de uma série de drogas sintéticas, todas chamadas anfetaminas, que atuam sobre o sistema nervoso central, gerando aumento da atividade mental, euforia e incremento da resistência à fadiga e da capacidade de concentração, além de melhorar a disposição geral. Em conseqüência, é utilizada para tratar casos de depressão e de narcolepsia, doença caracterizada por uma irresistível tendência ao sono. Outros tratamentos em que também se emprega a anfetamina são os de desintoxicação de alcoólatras e, pela capacidade que tem essa droga de eliminar o apetite, nas dietas de emagrecimento.

A preparação mais usada é o sulfato de anfetamina. O sulfato de dextroanfetamina é a mais ativa das duas formas isoméricas (isto é, que têm a mesma composição química, mas uma distribuição espacial diferente) da anfetamina.


Efeitos

Produzindo os mesmos efeitos terapêuticos, apresenta a vantagem de provocar menor número de efeitos secundários indesejáveis: entre outros, náuseas, insônia, contrações abdominais, irritabilidade, hipertensão e estados maníacos.

Dois dos Efeitos fisiológicos produzidos pela administração da anfetamina são semelhantes aos que se apresentam naturalmente pela ação do hormônio adrenalina: estimulação dos centros respiratórios e constrição dos vasos sangüíneos.

Embora não se produza uma típica síndrome de abstinência quando a administração da droga é suspensa, ocorrem desajustes orgânicos, e o uso prolongado leva a uma grande dependência de origem psíquica.




O primeiro barbitúrico lançado no mercado foi o Veronal, em 1903, embora os barbituratos já tivessem sido sintetizados na Bélgica em 1684. De 1912 aos nossos dias, mais de 2500 derivados do ácido barbitúrico foram desenvolvidos. Inicialmente, acreditava-se que essa droga representava a cura para a insônia e a ansiedade, transformando-se, assim, no sedativo-hipnótico ideal.

Na década de 30, começaram a acumular-se evidências de que os barbitúricos produziam sérios efeitos colaterais, principalmente quando misturados ao álcool. Os alertas das autoridades de saúde, entretanto, tiveram resultado oposto ao esperado a droga popularizou-se nos anos 40 justamente por provocar exaltação quando ingerida com bebidas alcoólicas. Nos anos 70, muitos ainda encaravam os barbitúricos como remédio inofensivo. Hoje, sabe-se que, quando usados corretamente, sob supervisão médica, os barbitúricos são eficazes em alguns casos, mas os perigos representados por seu abuso são inegáveis.

Existem três categorias de barbitúricos: (1) Drogas de longa ação; (2) Drogas de ação média; (3) Barbitúricos de curta ação.

(1) Drogas de longa ação (de oito a 16 horas) - São usadas no tratamento de epilepsia, no controle de úlceras pépticas e pressão sangüínea alta. Estão nesse grupo o Veronal (barbital), Luminal (phenobarbital), Mebaral (nefobarbital), e Gemonil (metabarbital).

(2) Drogas de ação média (quatro a seis horas) - São usadas como pílulas para dormir, e são os barbitúricos mais comumente abusados: Alurate (aprobarbital), Amytal (amobarbital), Butisol Sodium (butabarbital), Nembutal (pentobarbital), Seconal (seccobarbital) e Tuinal (amobarbital e secobarbital).

(3) Barbitúricos de curta ação (imediata mas breve) - São usados como anestésico ou sedativo junto com inalantes, e incluem Penthotal Sodium (thiopental), Brevital (sodium methohexital) e Surital (sodium thiamylal).


Efeitos

Os barbitúricos agem sobre o sistema nervoso central deprimindo ou inibindo os sinais nervosos no cérebro, alterando o equilíbrio químico e reduzindo as funções de alguns sistemas orgânicos. A ação neurológica é diminuída, assim como o batimento cardíaco, a pressão sangüínea e a respiração. Simultaneamente, ocorre um relaxamento geral dos músculos que estão juntos do esqueleto. Os efeitos da droga aumentam de acordo com a dosagem, ao mesmo tempo em que as funções do corpo são desaceleradas, produzindo, como conseqüência, desde o alívio da ansiedade até a sedação, hipnose, anestesia, coma e morte. Ao ser ingerida, a droga penetra na corrente sangüínea e é distribuída por todo o corpo, acumulando-se principalmente nos tecidos dos órgãos e nos depósitos de gordura. Os barbituratos são por fim metabolizados e eliminados através do fígado e dos rins.

De acordo com os pesquisadores norte-americanos, os barbitúricos afetam pessoas diferentes de formas diferentes, podendo ainda provocar, numa mesma pessoa, uma variedade de efeitos diversos. Afirma um relatório publicado nos Estados Unidos em 1977:

"A curto prazo, os efeitos dos barbitúricos se assemelham aos do álcool. Ansiedades e tensões dissolvem-se num calmo e pacífico relaxamento. Preocupações desaparecem numa intoxicação nebulosa, na qual nada realmente importa. O usuário cambaleia vacilante por uma realidade alterada, com a fala pastosa e sentindo seus músculos como se fossem feitos de borracha. Seus reflexos reduzem-se e seu tempo de reação a estímulos é extremamente longo. A longo prazo, o uso regular de barbituratos pode levar a sintomas crônicos: sonolência contínua, memória falha, dificuldade para concentrar a atenção, perda da coordenação motora, instabilidade emocional, náusea, ansiedade, nervosismo, movimentos involuntários dos olhos, fala enrolada e mãos trêmulas. Reações paranóicas e aumento da hostilidade podem induzir a atos de violência."



Com o uso repetido por um certo período de tempo, o organismo adquire tolerância à droga, e maiores quantidades passam a ser necessárias para produzir os mesmos efeitos, resultando na dependência física e psicológica. A dose letal, entretanto, permanece a mesma, e pode acabar sendo atingida pelos usuários que precisam ir sempre aumentando a dosagem. Para a maioria das pessoas, a dose letal é calculada como sendo dez vezes maior do que a dose prescrita.

Normalmente, a dosagem terapêutica, entre 100 e 200 miligramas ao dia, não produz dependência se usada por um breve período de tempo. Quando ingerida habitualmente, por dois meses, em dosagens superiores a 600 miligramas ao dia (ou 800 miligramas ao dia por um mês), a droga passa a causar tolerância. Ao contrário dos opiáceos, entretanto, a tolerância desenvolve-se gradualmente, e pode desaparecer depois de uma ou duas semanas de abstinência da droga. Caso dosagens elevadas sejam ingeridas por três meses ou mais, o usuário tornar-se-á um dependente, experimentando sintomas de privação se o uso do barbitúrico for suspenso.

A síndrome de privação, no caso de usuários crônicos, pode durar até duas semanas, uma eternidade para a vítima, que sofre sintomas cada vez mais violentos à medida que passa o tempo sem a droga. Entre os sintomas estão a perda de apetite, ansiedade, insônia, transpiração, agitação, náusea, hiperatividade, tremores, cãibras, aceleração cardíaca, alucinações, delírios, paranóia, febre, convulsões e reações semelhantes à epilepsia. Em casos extremos ocorrem delirium tremens, tal como nas crises alcoólicas, resultando em estados psicóticos, exaustão, colapso cardiovascular, falha dos rins e, finalmente, morte.

Misturados a outras substâncias, os perigos dos barbituratos são multiplicados. A combinação álcool-barbitúrico é considerada especificamente mortífera, já que as bebidas potencializam os efeitos dos barbitúricos, reduzidos a quantidade necessária para se chegar à dose letal. A mistura de barbitúricos com anfetamina, por exemplo, é considerada uma das formas mais perigosas de abusos de drogas. Combinadas, essas duas substâncias geram um grau de euforia muito maior do que quando tomadas separadamente. Os viciados em anfetaminas costumam utilizar barbitúricos para conseguir relaxar depois de dias e noites movidos por anfetamina.

Ao contrário das anfetaminas, os barbituratos têm diversas aplicações na medicina: como hipnótico (induz ao sono), sedativo, anticonvulsivo, analgésico e como medicamento para o tratamento de alcoolismo. Contudo, os barbituratos não aliviam dores severas, podendo até causar um efeito contrário, a hiperaugesia, ou aumento da reação à dor. Depois de algumas semanas, os barbituratos perdem seu poder hipnótico para a maior parte dos pacientes, deixando de funcionar como pílulas para dormir. Eles também podem perturbar o período do sono em que acontecem os sonhos, o que provavelmente tem conseqüências psicológicas. Mulheres grávidas devem decididamente evitar o uso de barbitúricos.





O Daime é um chá extraído de duas plantas alucinógenas: do "cipó da vida" (Banisteriopsis Caapi) e de uma folha (Psychotria Viridis). Há referências, também, da utilização da planta Chacrona. Essas plantas, das quais se produz o chá, são utilizadas no ritual do Santo Daime ou do Culto da União do Vegetal e várias outras seitas. O cipó da "forca" e a folha, "luz".

Estes rituais são bastantes difundidos no Brasil e cultuam as forças e os deuses das florestas. São praticados nas regiões Norte, (Amazônia e Acre), como também na região Centro Oeste, nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

O ritual tem origem na sociedade das populações indígenas e mestiças da Amazônia Ocidental. Seu uso veio dos índios da América do Sul.

O Daime é utilizado para rituais mágicos e religiosos, para receber orientação divina, para comunicar-se com os espíritos que animam as florestas e, também, para determinar a causa de moléstias e cura, bem como produzir interação social através do ritual. As alucinações provocadas pelo chá são chamadas de "mirações".

Acredita-se que quando ingerido o chá "libera a alma do seu confinamento corporal". No Brasil, as seitas religiosas Santo Daime e União do Vegetal (UDV) utilizam esta planta, fundamentados nessas tradições indígenas. O uso do chá, causa a chamada impulsão motora, no sentido de aumentar a sensação de bem estar do indivíduo, criando condições de felicidade, contentamento, bom apetite, impulso sexual e equilíbrio. Usuários dos chás já relataram experiências de dependência e fortes crises de abstinência. A ciência ainda caminha nesse estudo, o que se sabe é que a dependência psicológica é alta. A permissão do uso de substâncias alucinógenas por seitas religiosas tem sido repensada ultimamente pelo Conselho Federal de Entorpecentes.

Uma das substâncias sintetizadas por essas plantas é a DMT - Dimetiltriptamina, responsável pelo seus efeitos.


Efeitos

Provoca dilatação das pupilas, suor excessivo, taquicardia, náuseas, vômitos, perda da discriminação espaço-temporal, ilusões, alucinações e delírios. Não há desenvolvimento de tolerância; comumente, não induz à dependência física, porém cria dependência psíquica e não há comprovadamente síndrome de abstinência.




Organismos que por suas características se enquadram no reino vegetal, embora incapazes de sintetizar clorofila, os cogumelos apresentam espécies comestíveis e outras altamente tóxicas, das quais se extraem venenos e substâncias alucinógenas.

Cogumelo é um fungo pertencente à classe dos basidiomicetos e dos ascomicetos, distribuído por numerosas famílias e centenas de gêneros. Compõem-se, morfologicamente, de um receptáculo ou chapéu, em cuja face inferior se encontram finíssimas lamelas, e um pedúnculo. Podem ser microscópicos, como os Aspergillus, Phitophthora e Plasmopora, ou visíveis a olho nu. Dentre as espécies macroscópicas, o chapéu-de-sol-do-diabo (Agaricus campestris) apresenta pedúnculo com aproximadamente seis centímetros e cresce em lugares úmidos e em madeira podre. É a espécie mais comum na Europa e muito encontrada no Brasil, onde também é freqüente a orelha-de-pau ou urupê (Polyporus sanguineus).


Efeitos

Provocam alucinações variadas. Ás vezes, o usuário tem reações psíquicas agradáveis. Em outros casos, o cogumelo provoca fenômenos mentais desagradáveis, como sensações de deformação no próprio corpo. Também ocorrem enjôos, diarréias e vômitos. Pode causar intoxicação de conseqüências fatais, decorrentes de insuficiência renal e hepática.




Droga psicoativa com alto poder estimulante e propriedades alucinógenas. A substância chave do ecstasy é o MDMA, tal substância faz com que o ecstasy seja confundido com metanfetaminas e outras drogas sintéticas. Mesmo sendo um derivado da anfetamina, o composto de MDMA é muito semelhante a um alucinógeno. Não tem o poder do LSD, e nem provoca as fortes reações de drogas como a cocaína, mas mixa efeitos moderados das duas drogas. Por isso o ecstasy é as vezes reconhecido como uma "droga social". Não possuí uma assimilação agressiva da cocaína, e nem deixa cheiro ou sinais de uso, como a maconha. E isso só fortalece o uso da droga, pois passa uma imagem de não ser maligna. Outro fator que contribuí para a popularização da droga como algo que só traz alegria, é a alcunha mais popular do ecstasy; "Droga do amor".

O ecstasy possui muitas variantes e nomes, sua forma similar a uma aspirina e decorada com símbolos e ícones representando o nome da droga. Kleeblatt, Gorbys, Pigs, Dreamcast, Fido, Eva, Playboy, V.I.P, Pelikan, Halbmond, Hauptling, Taube, Smiley, Spatz, Cal, Star and Stripes, Love e Groover são alguns nomes que as variedades de ecstasy recebem.


Efeitos

Esse apelido ocorre graças ao efeito da droga que hipersensibiliza o toque, aumentando assim a sensibilidade em zonas erógenas. Nas mulheres isso leva ao aumento do desejo sexual. Outros efeitos são pulpilas dilatadas e olhos sensíveis, sensação do aumento de energia, eliminação da ansiedade, relaxamento profundo, pensamentos positivos e simpatia por estranhos. Esses efeitos duram em média de 4 a 6 horas, mas existem variações que suprimem a necessidade de comer, beber e dormir por até 3 dias, levando o usuário a correr o risco de desidratação, inanição e exaustão. Não é viciante como a cocaína e a heroína, mas pode causar vários efeitos negativos em seus usuários, tais como; alucinação, náusea, calafrios, transpiração, aumento da temperatura corpórea, tremores, ranger involuntário dos dentes, problemas musculares e visão embaçada. Existem casos de usuários que experimentaram pós-efeitos de ansiedade, paranóia e depressão. Overdose de ecstasy é caracterizada por alta pressão sanguínea, falta de ar, ataques de pânico, e nos piores casos, perda da consciência e súbito aumento da temperatura corporal. Essas overdoses podem ser fatais pois podem causar também um infarto.




Extraída da mesma planta donde se extrai a maconha. Mais precisamente, é uma espécie de resina retirada das folhas da Cannabis sativa e assim sendo, possui uma concentração maior de THC, a substância psico-ativa da droga. Ilícita e alucinógena.

A resina é prensada em pedaços, em pelotas ou tabletes.


Efeitos

Observam-se praticamente os mesmos efeitos presenciados quando do consumo de maconha porém, devido à maior concentração do THC, os efeitos são mais intensos.

Excitação seguida de relaxamento, euforia, falar em demasia, fome intensa, olhos avermelhados, palidez, taquicardia, pupilas dilatadas e boca seca.

Problemas com o tempo e o espaço, prejuízo da atenção e da memória para fatos recentes, alucinações, diminuição dos reflexos, aumento do risco de acidentes, ansiedade intensa, pânico, paranóia, desânimo generalizado.





A categoria das drogas inalantes abrange diversas substâncias, sendo três as principais: (1) toluene; (2) éter; e (3) clorofórmio.

(1) Toluene - É o ingrediente ativo da cola de sapateiro, cola de aeromodelismo, fluido de isqueiro, tinta, gasolina, desodorante, spray para cabelo, limpador de móveis e vidro, esmalte de unhas, etc. A inalação dos vapores liberados por esses produtos provoca efeitos similares aos do álcool, assim como alucinações em casos de doses exageradas.

(2) Éter - Conhecido cientificamente como éter dietil, foi descoberto no século 13, e é produzido através da desidratação do álcool etílico pelo ácido sulfúrico. Por volta de 1700, os universitários europeus passaram a consumir éter recreativamente, em substituição às bebidas alcoólicas. Na Inglaterra, o uso de éter como inebriante foi muito popular até o final do século 19, quando a droga passou a ser proibida. Apesar de fora da lei, o éter continuou popular entre os ingleses até seu uso começar a declinar, por volta de 1920, quando o álcool tornou-se mais barato e mais fácil de se comprar do que o éter.

Já nos Estados Unidos, o uso recreativo do éter teve um breve surto de popularidade entre os anos de 1920 e 1933, quando o álcool esteve proibido pela Lei Seca. Na época, as bebidas não-alcoólicas eram misturadas com éter para provocar intoxicação. Mais tarde, durante a Segunda Guerra Mundial, a substância foi muito consumida na Alemanha para compensar a falta de bebidas alcoólicas.

No Brasil, o éter foi o ingrediente básico do lança-perfume, um produto carnavalesco que podia ser inalado para gerar euforia e desinibição. Apesar de proibido em 1961 pelo então presidente Jânio Quadros, o lança-perfume continuou bastante difundido no país, sendo contrabandeado principalmente da Argentina, onde é fabricado legalmente.

(3) Clorofórmio - Foi descoberto simultaneamente na Alemanha, na França e nos Estados Unidos, em 1831. A substância é um líquido pesado e incolor, que desprende vapores quando mantido em temperatura ambiente. Inicialmente o líquido e seus vapores foram considerados como substitutos seguros para o álcool, já que pequenas quantidades de clorofórmio causam euforia e desinibição sem produzir ressacas. A substância foi aplicada como anestésico em partos e cirurgias a partir de 1847, provando-se capaz de agir oito vezes mais rápida e poderosamente que o éter.


Efeitos

Toluene - Euforia, inquietação, confusão, desorientação, excitação e perda de coordenação motora.

Inalações repetidas podem causar vertigens, vacilação, alterações na percepção de cores, distorção do sentido de tempo e espaço e sensação de onipotência ou de grande poder. A overdose é caracterizada por náuseas, vômitos, fadiga, fraqueza muscular, dores estomacais, tremores, sentimentos de medo, solidão e culpa, paralisia dos nervos cranianos e periféricos, delírio, perda de consciência e até coma.

A ação do toluene é devida à sua capacidade de deprimir o sistema nervoso central. Relatórios médicos divulgados na década de 60 afirmam que a droga causa danos permanentes no cérebro, podendo inclusive matar o usuário, além de corroer as membranas nasais, destruir o tutano dos ossos e danificar os rins. O toluene ainda pode induzir impulsos violentos, lesões no fígado e nos órgãos respiratórios, e cegueira.

O toluene pode gerar tolerância se for usado com frequência semanal durante um período de cerca de três meses, a partir dos quais o usuário precisará de doses sempre maiores para obter o mesmo efeito. Não se sabe se o toluene causa depêndencia física, mas acredita-se que os usuários que inalam a substância com muita frequência estão sujeitos à dependência psicológica. Seus efeitos negativos podem ser revertidos com a suspensão do consumo da droga.

Éter - A utilização medicinal do éter remonta a 1846, quando a droga passou a ser inalada como anestesiante. Doses moderadas de éter deprimem o sistema nervoso central, produzindo efeitos inebriantes. O consumo de éter pode provocar gastrite e até mesmo morte em casos de overdose.

Clorofórmio - Pode ser letal se ingerido oralmente em grande quantidade. Com o passar do tempo, constatou-se que uma overdose da droga poderia causar morte súbita por depressão circulatória, o que fez com que o clorofórmio fosse paulatinamente abandonado pelos médicos em favor de outras drogas anestésicas.





Para aliviar uma constipação crônica ou ocasional, o uso de laxantes é bastante seguro e sem riscos, O que não quer dizer que seja recomendável seu uso frequente e repetido.

Quando são contra-indicados os laxantes:
a) Quando houver dor abdominal aguda;
b) quando uma constipação progressiva responder cada vez menos aos laxantes;
c) quando existirem sintomas não relacionados com o funcionamento intestinal, como dor torácica, dor de cabeça ou outros;
d) quando houver vestígios de sangramento intestinal tais como sangue nas fezes ou melenas (fezes negras).

Quando se deve procurar um médico para orientação no uso de laxantes:
a) Em qualquer das circunstâncias enumeradas acima, ou em qualquer outra circunstância em que haja dúvidas sobre seu uso;
b) quando se descobre que "não se pode viver" sem laxantes.

Os laxantes criam hábito e se tomados durante meses ou anos os laxantes tendem a perder a eficácia. O uso prolongado de laxantes pode provocar dano permanente aos intestinos. Os intestinos podem perder a capacidade natural de funcionamento. Além disso, o uso frequente de laxativos às vezes irrita a mucosa intestinal e causa certos tipos de colite.

Como se interrompe o uso de laxantes:
E uma fase difícil, que requer a suspensão gradual do laxante, junto com a adoção de novos hábitos. A dieta deve conter alimentos ricos em resíduos (fibras). O mais importante, porém, é estabelecer uma rotina diária de funcionamento intestinal. Além disso, é indispensável consultar um médico para certificar-se de que não existe uma causa mais grave, responsável pela constipação crônica.

Existem substitutivos para os laxantes. Há muitos preparados que não são verdadeiros laxativos mas que formam resíduos e umedecem o conteúdo do tubo intestinal.

Uma dose excessiva de laxante pode ser perigosa. Alguns dos ingredientes dos laxantes podem causar reações tóxicas sérias.





O homem sempre combateu a dor e a doença servindo-se de substâncias oferecidas pela natureza, fossem de caráter vegetal, mineral ou animal. Todos os povos e culturas souberam utilizar as ervas e plantas com fins terapêuticos. Modernamente, a farmacologia criou uma variada gama de medicamentos sintéticos, às vezes empregados com pouca prudência por pessoas desavisadas do risco potencial que seu consumo inadequado implica.

Medicamentos são todas as substâncias que apresentam propriedades curativas ou preventivas das doenças. Como produzem Efeitos benéficos, mas também prejudiciais, sua administração terapêutica envolve a avaliação de riscos e vantagens para o organismo. Os medicamentos aprovados para uso humano são classificados em éticos, que só podem ser vendidos com receita médica, e não-éticos ou populares, comprados livremente.


Medicamentos que atuam sobre o sistema nervoso

São sete as principais drogas que afetam o sistema nervoso: (1) anestésicos; (2) analgésicos; (3) tranqüilizantes; (4) hipnóticos; (5) estimulantes; (6) alucinógenos; (7) anticolinérgicos.

Utilidades e Efeitos

Anestésicos - Usados para provocar no organismo uma incapacidade temporária de sentir dor, os anestésicos são indicados para suprimir a resposta a estímulos sensoriais durante processos de intervenção cirúrgica. Todos os anestésicos se assemelham em sua ação depressiva do sistema nervoso central, mas diferem amplamente quanto a propriedades físicas e químicas. Em função dos efeitos provocados, podem ser divididos em anestésicos gerais, que causam a perda de consciência do paciente, e locais ou regionais, empregados para anestesiar a região do corpo onde se praticará uma determinada intervenção.

Alguns anestésicos podem ser administrados por inalação, como o óxido nitroso, o éter, o halotano, o metoxiflurano e o cloreto de etila, enquanto outros são ministrados por via intravenosa, como os barbitúricos de ação não prolongada.

Analgésicos - Para aplacar a dor sem bloquear a condução dos impulsos nervosos nem alterar de forma significativa o funcionamento dos órgãos sensoriais, indicam-se analgésicos, classificados em opióides - que atuam sobre o cérebro, produzem sonolência e podem causar dependência e antiinflamatórios que aliviam a dor pela redução da inflamação local. Os opióides, também denominados narcóticos, são em sua maioria derivados do ópio. Entre eles, incluem-se a codeína, a heroína, a morfina e seus derivados e substâncias obtidas a partir da metadona e da meperidina.

Indicam-se os medicamentos anti-inflamatórios, que não são narcóticos, para o alívio imediato de dores de cabeça, entorses, contusões e artrites. O anti-inflamatório mais comum é a aspirina, ou ácido acetilsalicílico, do grupo dos salicilatos, como os derivados da anilina e da pirazolona.

Tranqüilizantes - Para aliviar os sintomas de ansiedade, tensão e agitação associados a diferentes estados mentais, empregam-se os tranqüilizantes. Sua adoção na década de 1950 revolucionou o tratamento das doenças mentais e de diferentes estados patológicos do sistema nervoso. Cabe citar entre os de uso mais generalizado o meprobamato e as benzodiazepinas, grupo farmacológico de que fazem parte o clordiazepóxido e o diazepam.

Hipnóticos - Similares aos tranqüilizantes, as drogas hipnóticas pertencem a um grande grupo de medicamentos que deprimem o sistema nervoso central e servem para reduzir a tensão ou induzir o sono, de acordo com a dose utilizada. A ação desses medicamentos varia também em função de sua rota de degradação metabólica, sua distribuição no organismo e sua taxa de eliminação. Entre eles estão diversos derivados do ácido barbitúrico e os tranqüilizantes menores (meprobamato e as benzodiazepinas, que se incluem nesse grupo e no dos tranqüilizantes).

Estimulantes - Os medicamentos estimulantes são definidos mais especificamente como ativadores do sistema nervoso central. Os mais conhecidos são as anfetaminas e também o grupo das metilxantinas, entre elas a cafeína e a teobromina, do cacau.

Alucinógenos - Como os hipnóticos, os alucinógenos são medicamentos psicotrópicos, ou psicofármacos, isto é, substâncias que atuam sobre processos psicológicos tais como a percepção, a memória e outros e que reproduzem reações esquizofrênicas em indivíduos sãos. As alterações na percepção podem oscilar de simples ilusões sensoriais até alucinações. Entre os alucinógenos mais conhecidos estão a mescalina, o LSD (dietilamida do ácido lisérgico), a psilocibina e a maconha.

Anticolinérgico - Diz-se das substâncias antagonistas da ação de fibras nervosas parassimpáticas que liberam Acetilcolina, ou seja, que inibem a produção da Acetilcolina. Têm utilidade terapêutica no tratamento da Síndrome de Parkinson e como antiespasmódico.

Absorvido em quantidades maiores do que a dose terapêutica, o produto provoca alterações mentais como alucinações e delírios, com duração de 48 horas.

Consumido junto com outras drogas, como inalantes e maconha, o efeito pode durar mais tempo ainda, iniciando pela sensação de "barato" na cabeça, ou no corpo todo, seguida de alterações na percepção de cores e sons, terminando com sensações de estranheza, medo, confusão mental, idéias de perseguição, dificuldades de memória - síndrome que adota a forma de um surto psicótico agudo.

O potencial de dependência parece elevado, com alta toxicidade, evoluindo para alterações crônicas.

As drogas anticolinérgicas são capazes de produzir muitos efeitos periféricos. Assim, as pupilas ficam muito dilatadas, a boca seca e o coração dispara. Os intestinos ficam paralisados - tanto que são usados MEDICAMENTOS como antidiarréicos - e a bexiga fica "preguiçosa" ou há retenção de urina. Os Anticolinérgicos podem produzir, em doses altas, grande elevação da temperatura - que chega, às vezes, até a 40-41 graus. Nestes casos, não muito comuns, a pessoa apresenta-se com a pele muito seca e quente com vermelhidão principalmente no rosto e pescoço. Esta temperatura elevada pode provocar convulsões (ataques). São, por isto, bastante perigosas.

Existem pessoas também que descrevem ter "engolido a língua" e quase se sufocarem por causa disto. Ainda, em casos de dosagem elevada, o número de batimentos do coração sobe exageradamente, podendo chegar acima de 150 batimentos por minutos.

Estas drogas não desenvolvem tolerância no organismo e não há descrição de síndrome de abstinência após a parada de um uso contínuo.





As metanfetaminas são drogas perigosas, imprevisíveis e letais. Conhecida por muitos nomes, tais como; gelo, vidro, speed, cristal, a metanfetamina é como a cocaína, um potente estimulante do sistema nervoso central. É uma das drogas que mais cresce em uso.

Pode ser fumada, cheirada, injetada, engolida, e sua aparência varia dependendo de como é usada. Ela é tipicamente branca, inodora, de gosto picante e facilmente se dissolve na água. Outra forma comum da droga, é o formato "cristal" ou "gelo", batizada assim por sua aparência. A metanfetamina cristal é fumada de maneira similar ao crack e seu efeito eufórico dura mais que o crack.


Efeitos

O uso de metanfetamina aumenta os batimentos cardíacos, pressão sanguínea, temperatura do corpo, respiração acelerada e geralmente leva o usuário a um comportamento violento. Também dilata as pupilas e produz hiperatividade temporária, euforia, sensação de um aumento de energia e tremores. Altas doses, ou uso crônico causam nervosismo, irritação e paranóia. Altas doses produzem uma severa depressão.

O uso crônico e continuo da droga causam uma psicose similar a esquizofrenia e é caracterizada por paranóia, alucinações visuais e auditivas e auto reclusão. Comportamento violento e irregular e freqüentemente flagrado entre os usuários crônicos de altas doses de metanfeteminas. A metanfetamina leva ao usuário um comportamento vicioso, que o torna paranóico, nervoso, insônia por muitos dias, nessa época de "fissura" o usuário em busca de relaxamento procura por doses maiores da droga, o que só aumenta a paranóia, a insônia e o nervosismo. Isso causa frustração, e leva o usuário a ter um comportamento mais imprevisível e potencialmente violento.





O ópio é a única droga que foi motivo declarado para uma guerra. No século 17, a British East India Company produzia ópio na Índia e o vendia em grande quantidade para a China. Até que, em 1800, o Imperador Ch'ung Ch'en proibiu o consumo da droga, que se alastrava pelo território chinês como uma verdadeira epidemia. Todavia o contrabando prosseguiu e, em 1831, a venda de ópio em Cantão atingiu o equivalente a 11 milhões de dólares, enquanto que o comércio oficial deste porto chinês não passou dos sete milhões de dólares.

A insistência do governo chinês em reprimir o uso e a venda da droga levou o país a um conflito com a Inglaterra, conhecido como a Guerra do Ópio. Ela começou em março de 1839, durou quase três anos e terminou com a vitória dos ingleses, que obrigaram a China a liberar a importação da droga e a pagar indenização pelo ópio confiscado e destruído em todos esses anos, além de ceder Hong Kong. Como resultado, em 1900, metade da população adulta masculina da China era viciada em ópio.

Uma das substâncias mais viciantes que existe, o ópio é produzido a partir da resina extraída das cápsulas de sementes de papoula, (Papaver somniferum), planta originária da Ásia Menor e cultivada na Turquia, Irã, Índia, China, Líbano, Grécia, Iugoslávia, Bulgária e sudoeste da Ásia, onde se localiza o famoso Triângulo Dourado. A droga é feita retirando-se um líquido leitoso das cápsulas da papoula, que, depois de secado, resulta numa pasta amarronzada, que então é fervida para se transformar em ópio. Processamentos posteriores do ópio resultam em morfina, codeína, heroína e outros opiácenos.

No mercado ilegal, o ópio é vendido em barras ou reduzido a pó e embalado em cápsulas ou comprimidos.

Ele não é fumado e sim inalado pelos usuários, já que em contato direto com o fogo o ópio perde suas propriedades narcóticas. A droga também é comida e consumida como chá ou, no caso de comprimidos, dissolvida sob a língua.


Efeitos

Uma dose moderada faz com que o usuário mergulhe num relaxado e tranquilo mundo de sonhos fantásticos. O efeito dura de três a quatro horas, período em que o usuário se sente liberado das ansiedades cotidianas, ao mesmo tempo em que seu discernimento e sua coordenação permanecem inalterados. Nas primeiras vezes, a droga provoca náuseas, vômitos, ansiedade, vertigens e falta de ar, sintomas que desaparecem à medida que o uso se torna regular. O consumidor freqüente torna-se passivo e apático, seus membros parecem cada vez mais pesados e sua mente envolve-se numa onda de letargia.

Como os seus derivados, o ópio provoca tolerância no organismo, que passa a necessitar de doses cada vez maiores para se sentir normal. O aumento da dosagem leva ao sono e à redução da respiração e da pressão sangüínea, podendo evoluir, em caso de overdose, para náusea, vômito, contração das pupilas e sonolência incontrolada, passando à coma e morte por falha respiratória. A overdose pode ser causada não apenas por um aumento da dosagem de ópio, mas também pela mistura da droga com álcool e barbitúricos. Como o ópio causa grave dependência, o consumidor habitual pode morrer em razão da síndrome de abstinência, caso o uso da substância seja suspenso abruptamente.

Especialistas afirmam que a inalação casual da droga dificilmente causa vício, embora seja desconhecido o ponto exato em que a pessoa se torna dependente de ópio. Uma vez viciado, o indivíduo deixa de sentir o estupor originalmente produzido pela droga, passando a consumir ópio apenas para escapar dos terríveis sintomas da síndrome de abstinência, que duram de um a dez dias e incluem arrepios, tremores, diarréias, crises de choro, náusea, transpiração, vômito, cólicas abdominais e musculares, perda de apetite, insônia e dores atrozes. Pesquisas recentes indicam que os opiáceos podem causar mudanças bioquímicas permanentes a nível molecular, fazendo com que o ex-viciado se mantenha predisposto a retornar ao vício mesmo após anos de privação do uso de opiáceos.

O ópio possui diversos alcalóides, entre eles a morfina, principal responsável pelo efeito narcótico. Outros alcalóides fazem do ópio um agente anestésico, e por milhares de anos a droga foi utilizada como sedativo e tranquilizante, além de ser ministrada como remédio para disenteria, diarréia, gota, diabetes, tétano, insanidade e até ninfomania. O ópio também já foi considerado medicamento útil no alcoolismo, sendo que no século 19 milhares de alcoólatras passaram a consumir preparados de opiáceos para se livrar da bebida, mas apenas trocavam uma droga por outra.





Hidroclorido de ketamida, um depressor do sistema nervoso central e anestésico geral de ação rápida. Possui propriedades sedativas, hipnóticas, analgésicas e alucinógenas. É comercializado como anestésico para uso tanto em humanos quanto em animais.

É encontrado na forma líquida injetável, é convertido em pó (Similar a cocaína) e comercializado em papelotes. A ketamida é, em geral, aspirada, mas também costuma ser misturada com tabaco ou com maconha e fumada.


Efeitos

Alucinações profundas e duradoura, com distorções visuais e perda das noções de tempo e espaço. Outros efeitos relatados são delírios, perda do controle motor, distúrbios respiratórios potencialmente letais, convulsões, vômitos quando misturado com álcool e sensação de sair do corpo.

Em pequenas doses, pode elevar a pressão cardíaca e, em doses elevadas ou contínuas, provoca perda de consciência e parada respiratória. O uso freqüente também pode induzir neuroses e distúrbios mentais graves. A substância cria elevado grau de dependência.





A planta Banisteriopsis caapi é uma trepadeira que cresce na Amazônia e produz uma droga conhecida por vários nomes: para os índios brasileiros e colombianos ela é a caapi, enquanto no Peru, Bolívia e Equador ela é chamada de ayahuasca. Nos Andes ela tem o nome de yagé, e é obtida através da fervura das cascas recém-tiradas da trepadeira caapi.

De acordo com a região, outras plantas psicoativas podem ser misturadas ao preparo de caapi, como a datura, rica em alcalóides da beladona, e a Banisteriopsis rusbyana, que contém DMT (n,n dimethyltryptamine, um poderoso alucinógeno). Depois de fervido durante horas, o equivalente a um copo de beberagem contém cerca de 400 miligramas de alcalóides, o que, segundo pesquisadores norte-americanos, é quatro vezes superior à dose necessária a uma pessoa não habituada ao uso freqüente da droga. Grandes quantidades de yagé podem causar morte por envenenamento.

O princípio ativo do caapi, conhecido como harmina, pode ser extraído e transformado em cloreto de harmina, droga aspirada ou mascada para produzir os mesmos efeitos da beberagem.

No Brasil, o consumo de yagé é legalmente permitido aos adeptos de várias seitas religiosas da Amazônia, como a União do Vegetal e o Santo Daime, que têm essa droga como elemento vital de seus cultos. Estas seitas fazem uma mistura sincrética de espiritismo, catolicismo, pajelança, ritos africanos e emprego do ayahuasca, que há séculos é utilizado nas cerimônias mágicas e religiosas dos índios da região amazônica.


Efeitos

Imediatamente após a ingestão de yagé, o usuário vomita; em seguida, começam os efeitos propriamente ditos: embriaguez acompanhada por alucinações e espocar de luzes coloridas. Também pode ocorrer insônia, perda de coordenação e vertigens. À medida que os efeitos se intensificam, as alucinações entram num grau mais avançado e o usuário pode experimentar um aumento de visão noturna e um desenvolvimento da energia psíquica, assim como uma estimulação dos sentidos sexuais. Um estudo realizado nos Estados Unidos afirma que "yagé em demasia pode transformar a mente num pesadelo de visões, acompanhadas por sentimentos perturbadores".

A harmina produz efeitos e sensações semelhantes aos da mescalina, acrescidos de embriaguez. Afirma-se que a droga aumenta a percepção extra-sensorial, fazendo com que o usuário adquira a capacidade de prever eventos futuros. Durante muito tempo o alcalóide harmina foi conhecido pelo nome de telepatina, isso por induzir fenômenos telepáticos. Alguns relatos asseguram que o yagé pode funcionar como estimulante sexual, além de poderoso alucinógeno. A droga produz, segundo um testemunho, "brilhantes flashes de luz na mente, ilusões de objetos ficando maiores e menores, vívidas alucinações e uma excepcional habilidade para enxergar na escuridão".







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